Há farmácias a vender kits de testes covid, apesar de ser ilegal

Infarmed está a notificar estabelecimentos em que foi detectada essa prática para que deixem de o fazer.

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Reuters/GUGLIELMO MANGIAPANE

Há farmácias a vender ao público kits de testes covid, apesar de ser ilegal, noticiou o JN esta segunda-feira. A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) já notificou os estabelecimentos em que foi detectada essa prática para que deixem de o fazer.

Segundo a notícia, o Infarmed tem “em curso acções de fiscalização às farmácias comunitárias (...) no que respeita a venda e realização de testes rápidos”, já que “não podem vender testes rápidos ao público”. Aquelas que cumprem determinados requisitos – 373 em todo o país, de acordo com a bastonária dos farmacêuticos – podem é fazer administrar o teste rápido (teste antigénio) por um profissional de saúde na própria farmácia, estando a Autoridade Nacional do Medicamento a fiscalizar também esta prática. Ao PÚBLICO, esta autoridade disse que foram poucas as situações detectadas – não tendo especificado quantas - e que não houve aplicação de qualquer multa, uma vez que os estabelecimentos desistiram da venda ao público. 

A Associação Nacional de Farmácias assegurou ao JN desconhecer a venda de testes ao público, mas o seu director, Duarte Santos, disponibiliza-se para reforçar a cooperação com o Infarmed para uma adequada intervenção das farmácias na testagem e na informação à população.

Uma nota informativa publicada no site do Infarmed no Verão passado esclarecia que o resultado do teste de detecção de anticorpos interpretado isoladamente não exclui a possibilidade de a pessoa estar infectada nem de transmitir o vírus a terceiros.

“Por outro lado, a utilização generalizada de testes serológicos em populações com baixa taxa de infecção esperada pode ser indesejável, porque irá aumentar o número de casos falsos positivos. Existe ainda o risco de as pessoas, face a um resultado de anticorpos positivo, ficarem com uma falsa sensação de segurança e adoptarem comportamentos de risco”, podia ler-se nessa nota, que data de uma altura em que ainda não havia farmácias autorizadas a levarem a cabo a testagem. 

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