Pacto Português para os Plásticos quase duplica adesões no primeiro ano

A iniciativa Pacto Português para os Plásticos começou há um ano com 55 entidades aderentes e tem agora 97. Tem o apoio do Governo, envolve entidades como empresas, industrias, retalho, marcas, autarquias, universidades, associações do sector e entidades gestoras de resíduos, e estabelece metas para 2025.

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LUSA/ALEX PLAVEVSKI

 A iniciativa Pacto Português para os Plásticos (PPP) começou há um ano com 55 entidades aderentes e tem agora 97, conseguindo alcançar as metas propostas para o primeiro ano, segundo o coordenador.

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 A iniciativa Pacto Português para os Plásticos (PPP) começou há um ano com 55 entidades aderentes e tem agora 97, conseguindo alcançar as metas propostas para o primeiro ano, segundo o coordenador.

O PPP, que tem o apoio do Governo, envolve entidades como empresas, industrias, retalho, marcas, autarquias, universidades, associações do sector e entidades gestoras de resíduos, e estabelece metas para 2025, uma delas a garantia de que 100% das embalagens de plástico serão então reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis.

Num balanço à Agência Lusa do primeiro ano de actividade, o coordenador do PPP, Pedro São Simão, explicou que foi cumprido o objectivo que estava traçado para 2020, que era o de definir uma listagem de plásticos de uso único considerados problemáticos ou desnecessários, e definir medidas para a sua eliminação.

“A 30 de Dezembro cumprimos esse objectivo, um marco importante na iniciativa e que mostra a coesão entre os membros do PPP”, disse o responsável.

Pedro São Simão considerou também positivo o facto de as entidades que fazem agora parte do PPP serem quase o dobro, o que mostra que empresas e organizações, apesar de um ano marcado por outras prioridades decorrentes da covid-19, “nunca deixaram de dar importância à sustentabilidade”.

“O PPP tem seis grupos de trabalho activos e foram feitas mais de 20 reuniões desses grupos, com um número crescente de participações, o que demonstra o interesse de todos por esta temática”, com todos a confluírem na ideia de que a utilização do plástico, como até agora, “não era a mais correcta”, disse Pedro São Simão.

O PPP lançou em Setembro a primeira fase de uma campanha de consciencialização sobre os resíduos de plástico denominada “Vamos Reinventar o Plástico”, com a segunda fase a começar agora e sensibilizando para a necessidade de reutilização e reciclagem do plástico, mais importante até, ressalvou, “porque as taxas de reciclagem têm caído nos últimos três anos”.

A campanha, “numa lógica positiva de agradecer ao consumidor” as opções pela sustentabilidade, será divulgada nas redes sociais e “em loja” (supermercados por exemplo) e oferece prémios para as melhores práticas de reutilização do plástico.

Serão três prémios de 200 euros cada, em compras, para as melhores fotografias sobre práticas de reutilização de plásticos, sendo que o concurso decorre de hoje ao dia 25.

E no dia do primeiro aniversário do PPP é também divulgado um “Roadmap 2025” (disponível na página oficial do Pacto), um documento estratégico para o qual todos os grupos colaboraram, sobre a forma de se chegar às metas propostas para 2025, com metas intermédias, de curto e de médio prazo, e as acções necessárias.

As metas para 2025 incluem a de garantir que 100% das embalagens de plástico são reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis, que pelo menos 70% das embalagens são efectivamente recicladas, ou incorporar em média 30% de plástico reciclado em novas embalagens.

“Estamos muito confiantes em que alcançaremos as metas. Há membros do PPP que já incorporam nos novos produtos mais de 30% de plástico reciclado”, disse à Lusa Pedro São Simão.

O PPP é coordenado pela Associação Smart Waste Portugal e pertence à rede global de Pactos dos Plásticos, da Fundação Ellen MacArthur, que junta iniciativas similares de várias geografias, com o objectivo de partilha de experiências, conhecimentos e boas práticas. Em 2020 os Estados Unidos aderiram também à iniciativa.

Os responsáveis do PPP lembram que o plástico “está por todo o lado” é tem muitas vantagens, mas alertam que, na forma como tem sido utilizado, “tem contribuído para a degradação e poluição do ambiente, sobretudo dos oceanos”.