Final do Festival da Canção 2021 acontece a 6 de Março sem público

Dez canções concorrem a cada uma das meias-finais, marcadas para 20 e 27 de Fevereiro.

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PEDRO PINA/RTP

A final do Festival da Canção 2021, marcada para 6 de Março, irá acontecer em estúdio e sem público, devido à pandemia da covid-19.

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A final do Festival da Canção 2021, marcada para 6 de Março, irá acontecer em estúdio e sem público, devido à pandemia da covid-19.

O modelo do concurso, organizado pela RTP, será igual ao dos anos anteriores, com duas meias-finais (nos dias 20 e 27 de Fevereiro) e uma final, a 6 de Março.

Na conferência de imprensa do Festival da Canção 2021, que decorreu online, José Fragoso, director de programas da RTP, anunciou também que as três fases do concurso serão emitidas em directo na RTP1, “logo a seguir ao Telejornal”, podendo a emissão ser também acompanhada na plataforma RTP Play e na RTP Internacional.

Este ano, o Festival da Canção será disputado por 20 autores, mais quatro do que em 2020, algo que acontece para a “comunidade artística ter oportunidade de apresentar propostas”, num momento em que “as indústrias culturais têm dado uma grande prova de resistência”. “O nosso papel também é dinamizar esta área”, afirmou José Fragoso.

Os nomes dos intérpretes dos 20 temas que irão disputar o concurso foram agora revelados, com vários compositores a optarem por cantar as suas criações.

Na primeira meia-final competem Cheguei aqui (tema composto por Anne Victorino D'Almeida e interpretado por Nadine), Dia lindo (composto e interpretado por Fábia Maia), Contramão (Filipe Melo/Sara Afonso), Na mais profunda saudade (Hélder Moutinho/Valéria), Mundo (Ian), Livros (Irma), Saudade (Karetus/Karetus e Romeu Bairos), Girassol (Marôco), Claro como água (Stereossauro/Mema.) e Love in on my side (Tatanka/The Black Mamba).

Na segunda meia-final irão competir Por um triz (Carolina Deslandes), I got music (Da Chick), Joana do mar (Joana Alegre), A vida sem acontecer (João Vieira/Graciela), Dancing in the stars (Neev), Volte-Face (Pedro da Linha/Eu.Clides), “Não vou ficar” (Pedro Gonçalves), Jasmim (Tainá), Mundo melhor (Virgul/Ariana) e Com um abraço (Viviane/Ana Tereza).

Em cada meia-final serão escolhidas cinco canções para passarem à final. O peso das votações será repartido entre os telespectadores e um júri cujos elementos foram escolhidos pela RTP. Na final, as votações do júri serão feitas por representantes de sete regiões de Portugal Continental e ilhas. Em caso de empate, nas meias-finais prevalece a escolha do júri e, na final, a do público.

Dos 20 compositores participantes na edição deste ano, 18 foram convidados pela RTP e os outros dois (Marôco e Pedro Gonçalves) seleccionados através da livre submissão de canções.

Os temas a concurso já podem ser ouvidos no canal de Youtube do Festival da Canção.

A música Medo de sentir, interpretada por Elisa e composta por Marta Carvalho, venceu em 2020 o Festival da Canção e deveria ter representado Portugal no Festival Eurovisão da Canção, nos Países Baixos, mas a cerimónia acabou adiada por um ano devido à pandemia.

Em 2021, não há risco de o concurso, que reúne representantes de 41 países, não acontecer, visto que os concorrentes vão gravar as actuações nos seus países.

“Com a Eurovisão 2021 a aproximar-se, podemos agora revelar que todos os participantes terão garantido o direito de participar na competição. Cada país irá criar uma gravação “ao vivo” antes do concurso, que poderá ser usada caso o concorrente não possa viajar para Roterdão devido à pandemia, ou no caso de, já nos Países Baixos, ter de ficar em quarentena”, refere a organização num comunicado divulgado em 18 de Novembro do ano passado no site oficial do Festival Eurovisão da Canção.

A 65.ª edição do concurso, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em Maio de 2020, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, decidiu adiá-la.

A organização explica que foi pedido a todas as estações de televisão participantes (no caso de Portugal é a RTP) “que gravem uma actuação ao vivo do concorrente no seu país”. Essa gravação “deverá ser entregue antes do evento, terá de acontecer num estúdio e em tempo real (tal como seria no concurso), sem qualquer edição da voz ou de qualquer parte da actuação, depois de esta ser gravada”. A organização garante que “um conjunto de directrizes de produção irá assegurar a equidade e integridade do concurso”.

“Esperemos que todos, ou a maioria, dos concorrentes possam viajar para Roterdão em Maio, mas termos a gravação da actuação ao vivo garante que esta será vista por milhões de espectadores, aconteça o que acontecer”, refere a organização.

As meias-finais da 65.ª edição do festival Eurovisão da Canção estão marcadas para os dias 18 e 20 de Maio e a final para o dia 22 do mesmo mês.

Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo entretanto falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016). Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.