Isalina, Raquelinda e Leonor: já só elas mudam da branda para a inverneira

A tradição perde-se no tempo. E corre o risco de se perder definitivamente. Em Castro Laboreiro, Melgaço, conta-se pelos dedos de uma mão as famílias “nómadas” que se mudam entre brandas, pequenas povoações em terras elevadas e solheiras, e as inverneiras, aldeias em vales abrigados para se protegerem dos rigores da montanha. Acompanhamos as últimas mulheres que ainda protagonizam “a muda”.

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Foi logo a seguir a um fim-de-semana de muito frio, daqueles que pintam de branco as zonas montanhosas do país. A vila de Castro Laboreiro, alcandorada num planalto com 1100 metros de altitude, toda ela inserida nas paisagens protegidas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, não é excepção e, nos primeiros dias de Dezembro, enfrentou um denso e imaculado nevão. Quem se estava a preparar para a mudança temeu o pior. Foram três dias de manto branco, mas depois o nevão levantou; continuava a fazer muito frio, adivinhava-se sol. Por isso, no sábado dia 12, seria possível fazer a mudança de aldeia.

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