“A vida é livre e isto é uma espécie de antivida”

A pandemia apareceu num momento em que José Gil estava a pensar a morte, o que o fez partir para a escrita com urgência, olhando o vírus ligado à crise ambiental e a políticas que tornam o futuro do homem insustentável. Fala de um apocalipse pela primeira vez anunciado pela ciência e não por seitas religiosas. E tem esperança que a mudança de política nos Estados Unidos dê uma ajuda.

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Lançando o olhar para o futuro, José Gil diz que "não virá a normalidade, virão outras maneiras de viver" Miguel Manso

À partida há perguntas sobre 2020 e o que virá depois. Por exemplo, se vier uma vacina, e depois da euforia natural de um fim de pandemia, em que espécie de mundo estaremos? Será ainda um mundo de catástrofes naturais, talvez atenuado por uma mudança de política nos Estados Unidos, mas poderemos falar de uma estabilidade duradoura a propósito do que aí vem? E se não, como é que nos vamos adaptar à instabilidade? “Temos de inventar”, responde José Gil, filósofo, de 81 anos, que afirma que aquilo a que chamamos normalidade não virá e o que vivíamos antes é mitificado.

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À partida há perguntas sobre 2020 e o que virá depois. Por exemplo, se vier uma vacina, e depois da euforia natural de um fim de pandemia, em que espécie de mundo estaremos? Será ainda um mundo de catástrofes naturais, talvez atenuado por uma mudança de política nos Estados Unidos, mas poderemos falar de uma estabilidade duradoura a propósito do que aí vem? E se não, como é que nos vamos adaptar à instabilidade? “Temos de inventar”, responde José Gil, filósofo, de 81 anos, que afirma que aquilo a que chamamos normalidade não virá e o que vivíamos antes é mitificado.