Fernando Santos assume jogo “decisivo” com a França

Seleccionador de Portugal coloca a tónica na organização da equipa e sublinha que um triunfo encaminhará a qualificação.

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LUSA/TIAGO PETINGA

Chegou a hora do tira-teimas. Portugal e França defrontam-se no sábado (19h45), no Estádio da Luz, num jogo em que está em causa a liderança do Grupo 3 da Liga A, e Fernando Santos reforça a ideia de uma partida com carácter decisivo, em caso de triunfo de uma das selecções. No “duelo” de Paris, reinou o empate (0-0), mantendo as duas equipas em igualdade pontual no topo da classificação.

“Este é um jogo decisivo, mas Portugal e França já passaram por muitos jogos destes, como campeões da Europa e do Mundo. Seria mau era se não tivéssemos jogos decisivos. São para ganhar. Não é uma decisão final, mas será decisivo no caso de uma vitória para qualquer uma das equipas”, assinalou o seleccionador nacional.

Entre elogios ao potencial colectivo e individual do adversário, o técnico quis também deixar claro, na conferência de imprensa de antevisão da partida, que não abdica das ideias e da forma de jogar de Portugal. Independentemente, claro está, dos ajustes pontuais a que as eventuais dinâmicas possam obrigar.

“Não vamos fugir das nossas características, defender com 11 e atacar com 11. A base para ganhar é a organização”, sublinha, sem confirmar nenhum dos titulares ante a França e enfatizando que a solidez defensiva é sempre uma prioridade. “A minha proposta é ganhar e a primeira condição para isso é marcar golos. Sabemos é que estamos mais perto de ganhar se não sofrermos, mas isso é a única verdade do futebol. Quem não sofre não perde”.

No jogo da primeira “volta” Portugal não sofreu, mas também não marcou. No sábado, se quiser dar um passo de gigante para continuar a aventura de renovar o título na Liga das Nações terá, pelo menos, de fazer um golo. “Acho que as duas equipas são muito próximas em termos de qualidade. A França tem jogadores de altíssimo nível, nós também. A abordagem do jogo pode ser diferente, mas por causa das características dos jogadores. Trabalhámos nos atributos da selecção francesa, que são muitos, mas também sobre os aspectos em que terá mais dificuldade”, acrescentou.

Feita a abordagem ao rival, Fernando Santos exprimiu apenas um lamento. "Será um grande jogo, merecia público. O país está em confinamento e a saúde está em primeiro lugar, mas este tipo de jogos merece o estádio cheio”.

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