Um jogo grande para fechar três semanas intensas

Benfica e Sp. Braga defrontam-se neste domingo na Luz, um jogo marcado pelo regresso de Nico Gaitán a um estádio que foi seu durante seis temporadas.

Foto
LUSA/ANTONIO COTRIM

Entre campeonato e Liga Europa, o calendário foi carregado Benfica e Sp. Braga nas últimas três semanas, mas terão neste domingo mais 90 minutos de futebol pela frente antes de poderem respirar (com a pausa para as selecções), um confronto entre ambos na Luz (20h, BTV) a contar para a sétima jornada da I Liga. Será o sétimo jogo para “encarnados” e minhotos a fechar um ciclo que não está a ser perfeito para nenhuma das equipas – o Benfica não ganhou os últimos dois jogos (derrota com Boavista e empate com o Glasgow Rangers); o Sp. Braga foi goleado no confronto com o Leicester.

O Benfica fecha este ciclo a mostrar uma inesperada fragilidade defensiva. Só nos últimos dois jogos sofreu seis golos, para um total de 13 em dez encontros oficiais, sendo que os “encarnados” sofreram golos em seis desses dez jogos, e Jorge Jesus diz que ainda tem trabalho a fazer no momento defensivo da equipa. “As minhas equipas sofrem sempre poucos golos, mas este ano tem sido atípico, porque a linha de quatro tem estado sempre a mudar. E como não tens tempo para treinar, só para recuperar, ela não está aprumada com as minhas ideias”, reconheceu o técnico “encarnado”.

O Benfica-Sp. Braga desta noite assinala o regresso de Nico Gaitán à Luz, agora como jogador dos minhotos, quatro anos depois de ter abandonado os “encarnados” para rumar ao Atlético Madrid. Foi na primeira passagem de Jesus pelo Benfica que Gaitán chegou, em 2010, proveniente do Boca Juniors e o técnico revelou que o argentino não era uma prioridade. “Fomos Argentina ver um jogador que não era o Nico e o meu assistente que mandei ir falou-me no Nico. Comecei a ver os jogos dele e pedi ao presidente para o contratar. Foi assim que o Nico veio para o Benfica”, explicou Jesus, antes de elogiar o seu antigo jogador: “Com a bola no pé, é um talento. Ele já pensava à frente e vai continuar à frente. Não sei em que condições físicas estará, mas é um grande jogador.”

Tal como Jesus no Benfica, Carlos Carvalhal também é um treinador a cumprir uma segunda passagem pelo Sp. Braga e, até à derrota com o Leicester, estava numa série de seis vitórias consecutivas. Um triunfo na Luz deixaria a formação minhota com os mesmos pontos dos “encarnados” (15) e Carvalhal, mesmo com a intensidade competitiva das últimas semanas, está confiante: “É muito difícil gerir jogadores em alta competição de três em três dias. Temo-nos saído muito bem e estamos empenhados em terminar este ciclo da melhor forma possível porque o que os meus jogadores fizeram até agora roça o brilhantismo.”

Sugerir correcção