Margarida Bessa Rego: nas cozinhas, alguns “reizinhos” são “uns cabrões”

Habituada a chefiar equipas, Margarida Bessa Rego não tem papas na língua e denuncia um clima de pressões e abusos que ainda persiste em algumas cozinhas. Esta é uma área que “esvazia” as pessoas.

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ERIC GAILLARD

“Quem muda de vida aos 30 anos” e se lança no mundo da cozinha “já com essa maturidade” não sofre muito do que outros, mais jovens, sofrem – “e todos sabem do que eu estou a falar”. Margarida Bessa Rego iniciou o seu percurso mais tarde do que o habitual e sempre foi muito independente, mesmo que isso tivesse um preço. “Se não estivesse bem, não tinha problemas em negociar um acordo e sair, saltitei, trabalhei imenso, fiz muitas coisas, esforcei-me muito, mas para mim. É óbvio que depois é doloroso não ser reconhecido e valorizado, sobretudo numa área como esta que física, mental e emocionalmente nos esvazia. Chega-se ao fim de um dia sem energia sequer para pensar.”

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“Quem muda de vida aos 30 anos” e se lança no mundo da cozinha “já com essa maturidade” não sofre muito do que outros, mais jovens, sofrem – “e todos sabem do que eu estou a falar”. Margarida Bessa Rego iniciou o seu percurso mais tarde do que o habitual e sempre foi muito independente, mesmo que isso tivesse um preço. “Se não estivesse bem, não tinha problemas em negociar um acordo e sair, saltitei, trabalhei imenso, fiz muitas coisas, esforcei-me muito, mas para mim. É óbvio que depois é doloroso não ser reconhecido e valorizado, sobretudo numa área como esta que física, mental e emocionalmente nos esvazia. Chega-se ao fim de um dia sem energia sequer para pensar.”