International Board vai discutir eventual alteração da lei da mão na bola

Presidente da FIFA enviou carta ao homólogo da UEFA, em resposta às preocupações levantadas por vários agentes desportivos.

Foto
LUSA/MARCOS PIN

O International Board (IFAB), entidade que regulamenta as regras no futebol, vai discutir este mês um eventual ajuste à lei da mão na bola, informou o presidente da FIFA em carta enviada à UEFA.

Em resposta à carta enviada pelo presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, no final do mês passado, Gianni Infantino asseverou que a FIFA luta pela “justiça, consistência e transparência” no futebol e confirmou que a proposta do organismo que gere o futebol europeu será analisada nas reuniões do IFAB.

“Não é a primeira vez que esta regra é alvo de discussão e acredito que não será a última. Pessoalmente, acho que a intensa discussão sobre esta lei ilustra bem a paixão pelo jogo e as subtilezas que o tornam tão atractivo”, escreveu Infantino, na carta enviada a Ceferin, a que a Associated Press (AP) teve acesso.

Numa carta datada de 27 de Outubro, a que a Associated Press também teve acesso, o líder da UEFA, Aleksander Ceferin, lembrou que, recentemente, nos campeonatos e nas competições europeias, existiram “vários casos de grandes penalidades assinaladas a punir o contacto involuntário dos jogadores com o braço ou a mão na bola”.

“É necessário definir estritamente os casos em que realmente é irregular o jogo com as mãos ou braços. Têm acontecido muitas decisões injustas e com isso tem existido uma crescente frustração e desconforto na comunidade do futebol. A bola atingir as mãos ou os braços dos jogadores é algo que acontece com bastante frequência e, por ser algo que em grande parte das vezes é inevitável, não deve ser punido de forma excessiva. Actualmente, essa situação está a decidir os resultados dos jogos”, escreveu Ceferin.

A lei da mão na bola foi alterada pela International Football Association Board em Março de 2019, altura em que também foi introduzido o videoárbitro nas principais competições oficiais.

Sugerir correcção