Cartas ao director

Comentadores e governantes

João Miguel Tavares, nas suas crónicas, como todo o Homem, tem altos e baixos. Em certos assuntos é um fundamentalista irredutível. Para ele, os comentadores de opinião são inimputáveis e os governantes têm de ouvir e calar. Não li o aludido comentário de Camilo Lourenço, só a transcrição de J.M.T. mas, a confirmar-se, não é de boa educação! Penso haver uma grande diferença de valor social entre fazer (governar) e criticar (comentar). Mas criticar sem elevação tem certamente muito pouco valor. E não é o número de seguidores no Facebook que confere autoridade ou elegância ao comentário. E alguém tem de dizer ao comentador que maior audiência significa maior responsabilidade.

Celso Maria Pontes, Vila do Conde

Os enfermeiros

Os enfermeiros são uma classe profissional imprescindível ao país? São. A enfermagem é uma profissão árdua e desgastante? É. Os enfermeiros são iniquamente remunerados? São. Os enfermeiros têm o direito de defender os seus interesses como as outras classes profissionais? Têm. Os enfermeiros têm que exercer esse direito precisamente na situação dramática que vivemos, tornando-se responsáveis pelas mortes que inevitavelmente daí resultarão? Não, não e não.

Flávio Vara, Lisboa

Serão os media independentes?

Todos os dias, somos invadidos com notícias, nomeadamente as da televisão, que não só apresentam o lado trágico da realidade, mas também preferem deixar as boas notícias (construtivas e edificantes) para a parte final dos telejornais. Verifica-se também que, de uns dias para os outros as notícias são as mesmas e, pior do que isso, nada acrescentam ao esclarecimento dos telespectadores. Se fizermos o exercício de percorrer os canais noticiosos em simultâneo, todos tratam do mesmo assunto, com poucas variantes. É triste. E é ainda mais triste sabermos que a informação não é nem inocente, muito menos independente, face ao poder político. E as rádios? E os jornais? Estarão a cair no mesmo erro? A seu tempo veremos quem vence a batalha por mais ética e deontologia nos media. Para que serve a comunicação social? Para informar ou para formatar?

José Alberto Oliveira, Porto

Doenças respiratórias

A Unidade de Saúde Familiar do Mar, da Póvoa de Varzim tem dedicados médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos de enorme competência. Em tempos de pandemia, porque motivo os utentes da USAF do Mar, que apresentarem sintomas respiratórios e/ou febre devem dirigir-se à sede do Agrupamento de Centros de Saúde de Vila do Conde? Quando se pede distanciamento social, porque razão a USAF do Mar não dispõe de uma área de atendimento destinada a doenças respiratórias?

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

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