Cartas ao director

Patrões continuam a ter trabalho gratuito

Projectos de Lei apresentados na Assembleia da República para  acabar com a obrigatoriedade do  trabalho não remunerado(!), através  do banco de horas foram chumbados pelo partido dito socialista e pelos partidos à sua direita. Os trabalhadores estando por conta dos patrões ficam sujeitos a longas jornadas de trabalho, sem tempo para a vida familiar e com consequências nefastas para a saúde. 

Que os partidos da direita e extrema-direita, na prática, sejam contrários a qualquer nesga de benefício para o trabalho, nada admira, já que são acérrimos defensores do capital. O PS, em nome do socialismo é contrário à sua génese e confunde deliberadamente! Quem diz que o PS não apoia a economia está equivocado. Até permite trabalho de borla para patrões!  

Vítor Colaço Santos, São João das Lampas

Covid-19

Neste momento em que os números de novos casos e casos activos diários sobem de uma forma preocupante, seria de muita utilidade que se soubesse a variação desses números por concelho. A divisão entre regiões tal como esta a ser feita serve de pouco, uma vez que há regiões, como a região Norte onde resido, que são enormes e, para que a informação tivesse impacto na população, seria necessário que fosse dividida por concelho. Não há que ter medo da verdade ne, tão pouco tentar escondê-la de uma forma indirecta, ignorando-a. Faço este apelo, já que penso que os maiores beneficiados com tal divulgação, divulgação dos novos casos e casos activos por concelho, seriam os próprios habitantes dos diferentes concelhos, uma vez que assim poderiam tomar os cuidados devidos com mais antecedência.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

Duas vítimas inesperadas

Tudo, neste mundo, tem um verso e um reverso, para haver justiça e equilíbrio. A pandemia não trouxe só desgraças e aflições. A pandemia da convid-19 obrigou os governos a agir de modo diferente. Veio dar um espaço para os homens pensarem e procederem de modo diferente, colocando a saúde das pessoas à frente de tudo – o mundo em que vivíamos, já era quase insuportável, motivado pela gula individual humana.

Esta pandemia que provocou uma crise global, fez duas vítimas inesperadas: a supremacia do direito de viajar a qualquer preço sobre o direito à saúde e o dogma da livre-troca de bens e serviços, deu um rombo nas economias de todos os países do mundo e obrigou os governos à restrição das liberdades.A economia e a obsessão do PIB levou ao esquecimento das pessoas e suas necessidades. Só não sabemos se os governos entenderam a mensagem e estão dispostos a fazer uma alteração dos anteriores modos de comportamento.

Artur Gonçalves, Sintra

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