Cartas ao director

StayAway Covid

Muito se tem escrito sobre a app StayAway Covid, pelo que realço somente alguns aspectos: para ter algum sucesso a app tem de ser instalado pela maioria dos cidadãos; tem de ser inserido o código na app, pelo cidadão infectado, atribuído por um médico (duas condições: atribuição e inserção); para emitir o alerta tem de estar junto do cidadão infectado, a cerca de dois metros e por alguns minutos.

Actualmente, parece confirmar-se duas situações: códigos não atribuídos e códigos atribuídos e não inserido na app, logo, um terreno fértil para a inutilidade da app; questão crucial: atribuição de códigos a todos os cidadãos infectados e todos os códigos inseridos na app. Neste caso, quantos alarmes/alertas deveria a app gerar: zero ou a tender para isso Porquê? Os cidadãos infectados com SARS-CoV-2 devem estar em “isolamento”, ou “quarentena”. Como pode o telemóvel gerar um alerta? Nos telefones dos vizinhos, trespassando as paredes? Ou então, não cumprem o “isolamento” e estão a cometer um crime?
Foi mesmo um investimento cuidadoso? Ou será uma maneira de disfarçar a gestão incompetente do governo? Não se nota uma estratégia “estratégica” no governo e na forma como disponibilizam a informação, conhecimento sobre a covid-19. Alguns pensam em cenas mais extravagantes, ao tomar a vacina da gripe em tronco nu, que dão um exemplo de motivação aos cidadãos? O “meu populismo” é que é bom ou uma forma de fazer campanha, a custo zero. Desloquem-se a um centro de saúde…

Joaquim Leite Pinheiro, Maia

App

Muito se tem falado/escrito sobre a aplicação para rastreamento da covid-19. Todavia um aspecto tem passado despercebido: o nome está em estrangeiro, e duvido que nos possam obrigar a preencher qualquer formulário, em papel ou digital, que não esteja escrito na língua oficial do nosso país. Ou já chegámos ao ponto em que teremos de fazer como Frei Luís de Sousa (Frey Louis De Soza), pegar fogo ao telemóvel e partir para o exílio? Ou será apenas a manifestação de um novo estilo? Talvez tenha perdido alguns dos rooftop sunset party​ onde me poderia ter actualizado para um novo estado de colonizado cultural.

Francisco J. Almeida, Lisboa

Presidente Marcelo

Há um velho ditado português que diz: “Nem tanto ao mar nem tanto à terra”. Isto vem a propósito da demasiada descontracção do nosso Presidente da República. Ele fala em tudo, aparece em todo o lado, a propósito e a despropósito, deve ter tirado mais selfies do que qualquer outro dirigente político mundial. E, para cúmulo, aparece nu da cintura para cima para ser vacinado contra a gripe, forma pouco normal de o fazer, com a coincidência de estar lá o fotógrafo de “serviço”. É certo que os tempos mudaram, nuns aspectos para melhor, noutro nem tanto. Antigamente os colarinhos de determinadas pessoas “importantes” mantinham-se hirtos todo o dia, por falta de acção. Compare-se a descontracção do actual Presidente com o exagerado e por vezes caricato formalismo do anterior.

Carlos Leal, Lisboa

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