A Blue Note invidada pelo jazz britânico

A convite da editora histórica nova-iorquina, Nubya Garcia. Shabaka Hutchings, Melt Yourself Down, Jorja Smith ou Steam Down vasculham no catálogo e reinterpretam em Blue Note Re:Imagined nomes como Wayne Shorter ou Joe Henderson.

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Entre 1953 e 1967, o histórico engenheiro de som Rudy Van Gelder foi o responsável pela gravação de quase todas as sessões de estúdio para a editora Blue Note. Não houve quem lhe escapasse: John Coltrane, Art Blakey e os Jazz Messengers, Cannonball Adderley, Sonny Rollins, Lee Morgan, Freddie Hubbard, Herbie Hancock, Joe Henderson, Andrew Hill, Eric Dolphy, Ornette Coleman, etc. Somando o trabalho para outras editoras (como a Impulse! ou a Prestige), todos os nomes que estavam a empurrar o jazz constantemente para lá das suas fronteiras, a impor a abertura de mundos trazida pelo hard bop e o estremecimento total das fundações do género a partir da adopção do free jazz beneficiaram de passar pelos seus ouvidos. Ao longo destas duas décadas, Van Gelder assistiu sempre da primeira fila às revoluções em atropelo no universo do jazz, garantindo, em muitos casos, que o carimbo da Blue Note ficava impresso de forma indelével na História da música. Não havia, na verdade, quem não quisesse colocar-se nas suas mãos.

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Entre 1953 e 1967, o histórico engenheiro de som Rudy Van Gelder foi o responsável pela gravação de quase todas as sessões de estúdio para a editora Blue Note. Não houve quem lhe escapasse: John Coltrane, Art Blakey e os Jazz Messengers, Cannonball Adderley, Sonny Rollins, Lee Morgan, Freddie Hubbard, Herbie Hancock, Joe Henderson, Andrew Hill, Eric Dolphy, Ornette Coleman, etc. Somando o trabalho para outras editoras (como a Impulse! ou a Prestige), todos os nomes que estavam a empurrar o jazz constantemente para lá das suas fronteiras, a impor a abertura de mundos trazida pelo hard bop e o estremecimento total das fundações do género a partir da adopção do free jazz beneficiaram de passar pelos seus ouvidos. Ao longo destas duas décadas, Van Gelder assistiu sempre da primeira fila às revoluções em atropelo no universo do jazz, garantindo, em muitos casos, que o carimbo da Blue Note ficava impresso de forma indelével na História da música. Não havia, na verdade, quem não quisesse colocar-se nas suas mãos.