“Sonho rosa” continua de pé e João Almeida segura liderança do Giro

Depois de uma etapa mais calma do que se previa, o sonho do ciclista português segue intacto, numa altura em que as casas de apostas já o colocam como terceiro principal favorito ao triunfo, apenas superado por Kelderman e Nibali.

João Almeida continua de rosa na Volta a Itália
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João Almeida continua de rosa na Volta a Itália DR
Narvaez, o vencedor do dia
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Narvaez, o vencedor do dia DR

A etapa desta quinta-feira da Volta a Itália prometia ser traiçoeira e um teste real à liderança de João Almeida, mas ainda não foi desta que o português caiu do lugar que poucos lhe vaticinavam à partida para esta prova.

A etapa não era de alta montanha, mas o permanente “sobe e desce” de cinco contagens de montanha, conjugado com a meteorologia traiçoeira (chuva e muito frio), ainda não foi desafio suficiente para o líder do Giro, que viu os rivais mostrarem alguma inércia e falta de predisposição ofensiva – porventura, crendo que o português falhará mais cedo ou mais tarde.

E, depois de uma etapa mais calma do que se previa, o “sonho rosa” continua de pé, numa altura em que as casas de apostas já colocam Almeida como terceiro principal favorito ao triunfo, apenas superado por Kelderman e Nibali.

Vingou a fuga

A etapa 12 começou, como se esperava, por ter uma fuga logo nos primeiros quilómetros. O pelotão pouco se importou com o lote de aventureiros, que chegaram a rolar mais de 13 minutos à frente do grupo principal.

O trabalho da NTT no pelotão acabou por reduzir a diferença para cerca de seis minutos, mas o cenário estava traçado: alguém da fuga ergueria os braços na meta e foi Jhonatan Narvez (Ineos) quem celebrou na chegada a Cesenatico, triunfando pela primeira vez no Giro. Para a Ineos, foi o terceiro triunfo na prova, depois das duas etapas arrebatadas por Filippo Ganna.

Mas a verdadeira corrida estava, em teoria, mais atrás. Numa fase em que o grupo principal estava reduzido a cerca de 20 ciclistas, esperava-se que alguns candidatos tentassem fazer diferenças, mas o mais perto que houve de um duelo foi um tímido ataque de Pozzovivo, quase como agradecimento pelo trabalho da NTT durante o dia.

Apesar de não ser colega de equipa de Almeida, o português Rúben Guerreiro, presente entre os favoritos, acabou por dar uma pequena ajuda ao camisola rosa, fechando o espaço e escudando o compatriota na aceleração de Pozzovivo. Depois desse pequeno ataque de Pozzovivo nada mais se passou e isso foi o melhor que Almeida poderia pedir, num dia em a Quick-Step se mostrou forte, sempre com três ciclistas na protecção ao líder.

Para esta sexta-feira está agendada uma etapa maioritariamente plana, desenhada para um final ao sprint. Apesar das duas curtas elevações na parte final da tirada, este será, em tese, um bom dia para João Almeida descansar para sábado. Aí, terá de fazer valer os predicados que tem no contra-relógio para aumentar a vantagem para os rivais, antes da alta montanha.

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