Nadal e Djokovic enfrentam-se no derradeiro teste de Roland Garros

Ambos estiveram mais de três horas no court para ultrapassar as meias-finais

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Novak Djokovic Reuters/GONZALO FUENTES

Rafael Nadal e Novak Djokovic vão defrontar-se pela 56.ª vez, agora, com o título de Roland Garros em mira. Ambos foram obrigados a muito trabalho nas meias-finais, mas confirmaram as suas grandes qualidades para se imporem na lenta terra batida, nomeadamente a resiliência física e mental.

Djokovic esteve perto de derrotar Stefanos Tsitsipas (6.º) em três sets, mas desperdiçou um match-point e só ao fim de quase quatro horas é que se impôs com os parciais de 6-3, 6-2, 5-7, 4-6 e 6-1.

“Gostei de como me mantive composto mentalmente e senti que estava em controlo do fundo do court. A este nível, as coisas podem mudar rapidamente e ele serviu muito bem no quarto set. Mas fisicamente vi que estava melhor que ele, que estava a lutar um pouco com o cansaço, e consegui colocar uma velocidade acima e fazê-lo correr”, afirmou o sérvio de 33 anos.

A 5-4 do terceiro set, quando serviu para fechar o encontro, Djokovic desperdiçou um match-point. Tsitsipas que até então não tinha aproveitado nenhum dos nove break-points de que dispôs viria a ter, finalmente, sucesso no 10.º. Foi um ponto de viragem para grego de 22 anos que se tornou mais agressivo.

Mas o sérvio teve o mérito de nunca entrar em pânico e foi o primeiro a adiantar-se para 3-1 e depois, já com a resistência física de Tsitsipas em decréscimo, fez um segundo break fatal.

Djokovic continua sem perder no Grand Slam após dispor de match-point e só com uma derrota em 216 encontros em que ganhou os dois sets iniciais – em 2010, em Roland Garros.

Djokovic venceu 29 dos 55 duelos travados com Nadal, mas o espanhol ganhou mais na terra batida (17-7) e em Roland Garros (4-1).

Nadal vai procurar o 20.º título do Grand Slam e igualar o recordista Roger Federer e também o 13.º em Roland Garros. E também a 100.ª vitória em Roland Garros, depois de ter confirmado que não perde duas vezes consecutivas frente ao mesmo adversário e, duas semanas depois de ser eliminado em Roma por Diego Schwartzman, afastou o argentino da sua “sala de estar” francesa, sem ceder qualquer set: 6-3, 6-3 e 7-6 (7/0).

“Depois de perder temos que corrigir o que fizemos mal ou menos bem. Fui para o court com as ideias muito claras quanto ao que fazer, pois sabia que ia ser difícil, ele está numa forma fenomenal”, afirmou Nadal, antes de frisar o seu contentamento por esta na final no seu “segundo torneio depois de seis meses sem competir”. “Este ano, a velocidade e ressalto da bola não é muito alto, mesmo quando se joga durante o dia, não está muito quente. Hoje, foi um dos melhores dias do torneio; 16 graus, não muito vento”, explicou Nadal, agora muito mais adaptado às condições.

Schwartzman terá como recompensa pela sua primeira presença em meias-finais do Grand Slam, a entrada no top-10.

Neste sábado, 14 horas, realiza-se a final feminina, que irá opor a norte-americana de 21 anos, Sofia Kenin, sexta no ranking mundial e campeã do Open da Austrália em Janeiro, frente à polaca de 19 anos, Iga Swiatek (54.ª), que nunca tinha ido além dos oitavos-de-final em torneios do Grand Slam.

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