Djokovic e Tsitsipas a um passo da final de Roland Garros

Kenin e Kvitova completam as meias-finais femininas do torneio francês.

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Novak Djokovic LUSA/YOAN VALAT

Novak Djokovic teve de lidar com problemas no pescoço e no ombro esquerdo e também com um Pablo Carreño Busta ambicioso, mas ao fim de quatro sets e pouco mais de três, garantiu a 10.ª presença nas meias-finais de Roland Garros. Mas as dificuldades ameaçam aumentar drasticamente para o líder do ranking: o adversário de sexta-feira, Stefanos Tsitsipas, está em grande forma e pronto para disputar uma primeira final no Grand Slam.

No final do duelo com Andrey Rublev, Tsitsipas fez questão de salientar que já não faz parte da Next Gen. Na verdade, foi uma exibição de enorme maturidade a que o grego de 22 anos assinou para vencer, por 7-5, 6-2 e 6-3. Rublev (12.º) até começou melhor, adiantando-se para 4-2, mas esse seria o único break que conseguiria. Quando o russo serviu a 5-3, vários erros inverteram o sentido do jogo, com Tsitsipas (6.º) a ganhar 16 dos 21 jogos seguintes.

“Acordei esta manhã e pensei que tinha de lutar e mostrar ao mundo o que eu valho. Estava mentalmente preparado”, explicou Tsitsipas – que assim vingou a derrota do primeiro dia de Roland Garros, quando ambos se defrontaram…. em Hamburgo, na final do ATP 500.

Apesar de não se ter sentido muito bem no court e ter cometido 41 erros não forçados, Djokovic soube reagir após perder o set inicial e venceu Carreño Busta (18.º), por 4-6, 6-2, 6-3 e 6-4.

No torneio feminino, as duas únicas campeãs do Grand Slam ainda em prova, Sofia Kenin e Petra Kvitova, vão, nesta quinta-feira, decidir entre si um lugar na final. No primeiro quarto-de-final entre duas norte-americanas em Paris desde 2004, Kenin (6.ª) esteve mais fresca, física e mentalmente, do que Danielle Collins (57.º) e venceu, por 6-4, 4-6 e 6-0, para garantir a sua primeira meia-final em Roland Garros.

“Comecei a gostar realmente da terra batida no ano passado”, confessou Kenin, recordando a vitória sobre Serena Williams na edição 2019, antes de perder nos oitavos com a futura campeã, Ashleigh Barty. A norte-americana de 21 anos começou 2020 com a conquista do título no Open da Austrália e soma já 15 vitórias em 16 encontros realizados este ano no Grand Slam.

Em Paris, está melhor Petra Kvitova, campeã em Wimbledon em 2011 e 2014. A checa de 28 anos ainda não perdeu um set e, depois de ultrapassar a alemã Laura Siegemund, com um duplo 6-3, garantiu a reentrada no top-10 do ranking mundial.

Mais importante para Kvitova é regressar às meias-finais de Roland Garros, depois da sua única presença nessa fase em 2012.

“Sou a mesma jogadora de terra batida que era antes e também continuo mentalmente forte. A diferença é que estou muito contente por estar, oito anos depois, outra vez numa meia-final de um Grand Slam e após a final do Open da Austrália no ano passado. E espero que esta viagem ainda não tenha terminado”, frisou a checa.

A outra meia-final opõe dois nomes que não constavam na lista de favoritas: a polaca Iga Swiatek (54.ª) e a argentina Nadia Podoroska (131.ª).

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