Abrir a boca para cantar a dançar com as palavras

Ao terceiro disco, Maria João e os Ogre Electric chegam em pleno ao território da electrónica, mas sem fazer dela um adorno e valorizando o som da palavra. Open Your Mouth diz tudo.

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Alexandre Cabrita

A aventura começou em 2012. Foi quando João (cantora) conheceu outro João (músico) e se iniciou uma alquimia de sons que viria a dar lugar a um projecto com um nome que a generalidade das criaturas só conhecerá do Shrek: Ogre. Oito anos depois, já com dois discos (Electrodoméstico, 2012; e Plástico, 2015), eis um novo álbum, que faz pender a balança para o lado da electrónica, em detrimento dos instrumentos acústicos. Chama-se Open Your Mouth e é mais uma ousadia com a chancela de Maria João, que ao longo das últimas três décadas tem arriscado as mais diversas experiências, desde o arranque ainda no território demarcado do jazz, com o Quinteto, no início dos anos 1990, até às gravações ou concertos com Aki Takase, Cal Viva, Saxofour, Mário Laginha, José Peixoto, David Linx, Orquestra Jazz de Matosinhos, Guinga, Egberto Gismonti, André Mehmari (com a poesia de Aldir Blanc), Budda Power Blues, Ogre e, recentemente, com Nuno Côrte-Real, José Luís Peixoto e o Ensemble Darcos em Agora Muda Tudo (2018).

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