Hidrogénio: estratégia arriscada ou transformação económica?

O que pode resultar da aposta do Governo na produção de gases renováveis é visto de forma muito diferente por especialistas bem informados.

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Sines Rui Gaudêncio

Quando parecia que não podia haver um problema maior do que a pandemia que estava a começar a criar infecções de covid-19 em Portugal, João Pedro Matos Fernandes recebeu um telefonema. O presidente da EPAL, José Sardinha, estava do outro lado, “muito aflito”, recorda o ministro do Ambiente: “Senhor ministro, todos os reagentes utilizados para tratar da água em Portugal são importados e vêm de Espanha.” Se a situação evoluísse para um fecho total de fronteiras, como chegou a estar em cima da mesa (e foi praticado por vários países europeus em Março e Abril), Portugal deixaria de ter hipótese de garantir a qualidade da água para consumo. Mas o final desta “pequena história”, como lhe chama Matos Fernandes, é feliz. Não só porque não chegou a haver fecho de fronteiras para mercadorias, e os reagentes puderam continuar a ser importados, mas porque nasceu ali uma ideia que permite, nas palavras do ministro, “garantir uma margem de independência que o país agora não tem”.

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