O “bis” de Daniel McLay e a consistência da W52-FC Porto

Amaro Antunes mantém a liderança e as diferenças na classificação geral, à entrada para a penútima etapa da Volta a Portugal.

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LUSA/NUNO VEIGA

O britânico Daniel McLay (Arkéa-Samsic) somou neste sábado a segunda vitória na Volta a Portugal em bicicleta, ao vencer ao sprint a sexta etapa , em Torres Vedras, com o português Amaro Antunes (W52-FC Porto) a manter a camisola amarela.

Willem Smit (Burgos-BH), Oier Lazkano (Caja Rural-Seguros RGA) e Emanuel Duarte (LA Alumínios-LA Sport) agitaram a tirada, quando decidiram sair do pelotão, sensivelmente aos 11 quilómetros, e iniciar uma fuga que chegou a dispor de mais de quatro minutos de vantagem sobre os perseguidores.

Cientes de que esta etapa era uma das últimas oportunidades da prova para os ciclistas mais explosivos, as equipas dos sprinters iniciaram, então, o trabalho de perseguição e, a cinco quilómetros da meta, anularam a fuga, posicionando-se para prepararem o ataque decisivo.

Pouco depois, uma queda provocou uma cisão momentânea no pelotão, com a Arkéa-Samsic a ser a primeira formação a recuperar, para rebocar Daniel McLay até aos 150 metros finais, deixando ao sprinter  britânico a missão de voltar a fazer a diferença. 

McLay foi mesmo o mais forte na chegada a Torres Vedras, ao cumprir os 155 quilómetros desde as Caldas da Rainha em 3h38m04s, impondo-se no esforço final ao italiano Riccardo Minali (Nippo Delko Provence) e ao venezuelano Leangel Linarez (Miranda-Mortágua), segundo e terceiro classificados.

“A etapa adaptava-se a mim. A equipa fez um excelente trabalho, acho que era impossível fazer melhor. A camisola dos pontos foi uma coincidência positiva, mas a etapa de amanhã tem um final muito difícil. É possível que haja muitos ataques”, resumiu o vencedor, em declarações à RTP.

Na classificação geral, Amaro Antunes manteve a vantagem de 13 segundos sobre Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), que permanece no segundo lugar, e de 1m13s sobre o espanhol Gustavo Veloso (W52-FC Porto).

“Numa Volta desgastante, em que todos querem vencer e tentam atacar, a equipa tem revelado uma enorme união, uma força incrível e isso faz com que cheguemos sempre sem percalços. No final assumimos a corrida para evitar as quedas, porque o nervosismo é muito no sprint”, explicou Amaro Antunes.

No domingo, o pelotão vai enfrentar os 161 quilómetros entre Loures e Setúbal, depois de duas contagens para o prémio de montanha, uma de quarta categoria, no início da 7.ª e penúltima etapa, e uma de segunda, no Alto da Arrábida, a pouco mais de 10 quilómetros da meta.

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