Escolas deviam “ensinar os alunos a gerir melhor as emoções”

Com Portugal no limiar de uma segunda vaga que pode voltar a mandar muitos alunos para casa, as escolas deviam estar a estimular nos jovens a resiliência, a adaptabilidade e o pensamento crítico. Conclusão extraída de um inquérito da Fundação Gulbenkian a 1031 jovens que mostrou que as emoções que predominaram durante o confinamento foram a preocupação e o aborrecimento.

Foto
Mais do que ter nos alunos meros receptores de conhecimento, escolas deviam promover competências como a auto-regulação das emoções e a superação da frustração Paulo Pimenta (arquivo)

Os jovens portugueses andaram predominantemente aborrecidos, preocupados e tristes durante o confinamento ditado pela pandemia. A primeira conclusão a tirar do inquérito que a Fundação Gulbenkian fez a 1031 rapazes e raparigas, entre os oito e os 25 anos de idade, para perceber como geriram as emoções durante a pandemia, é clara quanto baste: “Os jovens portugueses, particularmente os mais novos e as raparigas, não estavam preparados para lidar com a mudança abrupta que entrou pelas vidas de todos”, resume Pedro Cunha, director do programa Gulbenkian Conhecimento. E a questão que se levanta, numa altura em que Portugal está no limiar de uma segunda vaga de infecções pelo novo coronavírus, é esta: de que modo podem as escolas aproveitar este regresso às aulas presenciais para ajudar os jovens a gerir melhor as emoções num eventual novo período de confinamento?

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os jovens portugueses andaram predominantemente aborrecidos, preocupados e tristes durante o confinamento ditado pela pandemia. A primeira conclusão a tirar do inquérito que a Fundação Gulbenkian fez a 1031 rapazes e raparigas, entre os oito e os 25 anos de idade, para perceber como geriram as emoções durante a pandemia, é clara quanto baste: “Os jovens portugueses, particularmente os mais novos e as raparigas, não estavam preparados para lidar com a mudança abrupta que entrou pelas vidas de todos”, resume Pedro Cunha, director do programa Gulbenkian Conhecimento. E a questão que se levanta, numa altura em que Portugal está no limiar de uma segunda vaga de infecções pelo novo coronavírus, é esta: de que modo podem as escolas aproveitar este regresso às aulas presenciais para ajudar os jovens a gerir melhor as emoções num eventual novo período de confinamento?