Miguel Oliveira arranca do 15.º lugar para o GP da Riviera de Rimini

Duas quedas impediram que o piloto português tivesse registado melhores tempos.

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Miguel Oliveira Reuters/JENNIFER LORENZINI

O piloto português Miguel Oliveira (KTM) vai partir no domingo do 15.º lugar da grelha para o Grande Prémio da Emília Romana e Riviera de Rimini, sétima prova da temporada de MotoGP, depois de neste sábado ter caído duas vezes.

Miguel Oliveira fez a sua melhor volta em 1m31,841s, tendo melhorado cerca de meio segundo face ao registo da semana passada neste mesmo circuito, onde se disputou o GP da São Marino, e que lhe valeu, na altura, o 12.º lugar da grelha.

O piloto luso sofreu duas quedas durante a terceira sessão de treinos livres, que apurou os 10 melhores para a segunda fase da qualificação (Q2), tendo mesmo de passar pelo centro médico do circuito de Misano, “para despistar eventuais lesões”, explicou a responsável de comunicação da equipa Tech3, Mathilde Poncharal, à Lusa.

Miguel Oliveira apresentava queixas no ombro direito, mas “após os exames, não revelou lesões, pelo que o piloto está bem”, confirmou a mesma fonte.

As quedas, na curva 15 do circuito italiano, impediram o piloto português de melhorar o seu registo e ir além do 16.º lugar da sessão, o que o obrigou a participar na primeira fase da qualificação (Q1).

Oliveira chegou a liderar esta fase eliminatória, da qual seriam apurados os dois mais rápidos para a Q2, mas acabaria por baixar ao quinto lugar final, que corresponde ao 15.º posto da grelha de partida, a 764 milésimos de segundo do autor da pole position, o espanhol Maverick Viñales (Yamaha), que bateu o australiano Jack Miller (Ducati) e o francês Fabio Quartararo (Yamaha).

"Tenho de atacar do início ao fim"

“Depois das quedas desta manhã, saímos para o FP4 [quarta sessão de treinos livres] com o objectivo de ganhar um pouco mais de confiança. Conseguimos um bom ritmo. Na qualificação, melhorei o meu tempo por volta, mas não foi suficiente para passar para a Q2. Faltou velocidade, faltou juntarmos todos os sectores na volta rápida”, explicou o piloto de Almada.

Miguel Oliveira acredita que vai ter pela frente “uma corrida dura”, mas espera “trazer para casa o maior número de pontos possível”.

Para isso, já sabe o que terá de fazer: “Temos de ir ao ataque de início ao fim, fazer uma corrida inteligente e trazer o que for possível para casa”.

O piloto da equipa Tech3 da KTM é, actualmente, o 10.º classificado da categoria rainha do campeonato mundial de motociclismo de velocidade, com 48 pontos.

A explicação para as quedas

Na opinião de Miguel Oliveira, os motivos para as duas idas ao chão encontram-se nos pneus da sua KTM. “Os pneus estavam frios e foi por isso que caí. Ainda fui ao centro médico, fiz um exame rápido, mas parece que está tudo bem”, disse o piloto português, após a sessão de qualificação.

O piloto luso explicou que “quando se cai por os pneus estarem frios, não há muito a fazer”.

Miguel Oliveira, que fez o 15.º melhor tempo da sessão de qualificação, terá as outras três KTM a partir à sua frente, com as duas motos da equipa de fábrica a terem conseguido um lugar entre os 10 primeiros.

O piloto de Almada acredita que tanto o espanhol Pol Espargaró como o sul-africano Brad Binder têm “algo mais na afinação das suas motos” e que, por isso, “são mais rápidos” do que os pilotos da equipa Tech3, pela qual corre Miguel Oliveira.

“As motos são exactamente iguais, mas em termos de afinação devem ter algo diferente. Mas vamos ver amanhã [no domingo]. Temos um bom ritmo de corrida. Só preciso de começar melhor do que na semana passada e fazer umas ultrapassagens no início”, frisou o piloto de 25 anos.

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