Thiem enfrenta Medvedev em final antecipada

A segunda meia-final do US Open irá opor os dois únicos tenistas que já disputaram finais do Grand Slam.

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Dominic Thiem Reuters/Robert Deutsch

Ser o primeiro austríaco a chegar tão longe no US Open pode fazer de Dominic Thiem um estreante, mas esta vai ser já a sua sexta meia-final em torneios do Grand Slam. O mais cotado dos tenistas ainda prova já esteve mesmo em três finais de majors, a última das quais em Janeiro, na Austrália, confirmando que Thiem tem ténis para se impor em hardcourts, como os de Nova Iorque. Em situação idêntica está o seu adversário na meia-final, Daniil Medvedev, que tem confirmado a presença na final do ano passado. Para muitos, esta será uma final antecipada.

Na noite de quarta-feira, Thiem (3.º no ranking mundial) dominou o australiano Alex De Minaur (28.º) em três sets e só no último teve de aplicar-se mais. Mas os parciais de 6-1, 6-2 e 6-4, são enganadores. “Tive uma boa sensação desde o primeiro momento, mas parece mais fácil no papel do que realmente foi”, frisou o austríaco que ainda tem na memória a anterior melhor participação no US Open: em 2018, chegou aos quartos-de-final, onde perdeu com Rafael Nadal – 5/7, no tie-break do quinto set. Este ano, não tem ninguém do Big 3 pela frente.

“Não há Roger, Rafa ou Novak mas há Daniil, Sascha e Pablo, três espantosos jogadores. Cada um deles merece um primeiro título num major. Todos vão dar tudo e isso é o que vai estar na nossa cabeça”, adiantou Thiem, que terminou o confronto com o rápido De Minaur com 43 winners, incluindo 11 ases. Nos últimos cinco sets, o austríaco concedeu somente nove jogos.

Medvedev ainda não cedeu qualquer set no torneio, mas no duelo de alta qualidade com o amigo de infância Andrey Rublev, valeu-lhe a maior experiência para vencer dois dos três sets no tie-break. No primeiro, Rublev liderou por 5/1 antes de “congelar” e, no terceiro set, Medvedev recebeu uma massagem no ombro, que começava a sofrer de cãibras. Pelo meio, o mais velho dos russos aproveitou o único break-point do encontro para decidir a segunda partida.

Medvedev venceu por 7-6 (8/6), 6-3 e 7-6 (7/5) e terminou com 51 winners (incluindo 16 ases) – praticamente metade dos 107 pontos ganhos.

Durante a madrugada portuguesa, realizaram-se as meias-finais femininas, com destaque para o 23.º duelo entre Serena Williams (8.ª) e Victoria Azarenka (27.ª) – que, nos quartos-de-final, arrasou Elise Mertens (18.ª), por 6-1, 6-0. As duas protagonizaram as finais de 2012 e 2013, ambas ganhas por Serena, que lidera a conta-corrente por 14-8. Mas esta será apenas a segunda vez que as duas se defrontam desde que foram mães; a norte-americana em 2017 e Azarenka em 2016.

A outra finalista saía do confronto entre a campeã de 2018, Naomi Osaka (9.ª) e a grande revelação deste torneio, Jennifer Brady (41.ª).

Entretanto, os circuitos profissionais anunciaram a inclusão de mais torneios no calendário de 2020. A partir de 12 de Outubro (após a conclusão de Roland Garros), o ATP Tour pára por duas semanas consecutivas nos hardcourts cobertos de Colónia (Alemanha), depois em terra batida, na Sardenha (Itália) e novamente em piso duro em Nur-Sultan (Cazaquistão). A época fecha com o Masters 1000 de Paris, o ATP 250 de Sofia e as ATP Finals, em Londres. Por seu lado, o WTA Tour anunciou um novo evento em Ostrava (hardcourt), na semana de 19 de Outubro.

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