DGS rejeita público nos estádios “nos próximos tempos”

Graça Freitas sublinha que não há ainda uma previsão para o regresso dos espectadores ao futebol. Liga e FPF não reagem.

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LUSA/OCTÁVIO PASSOS

O arranque do ano lectivo é prioridade absoluta da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e, por isso, o regresso dos espectadores aos estádios de futebol é uma possibilidade ainda longínqua. Quem o disse foi Graça Freitas, directora da DGS, na conferência desta quarta-feira, frustrando, desta forma, a esperança de que o início da temporada de futebol pudesse já contar com público. 

“Temos de ter cuidado com os movimentos populacionais que aí vêm e a abertura do ano escolar no sistema público. Vai mobilizar quase 1,2 milhões de alunos, 120 mil professores, um número enorme de pessoas que se vão movimentar. Manda a prudência que agora não ensaiemos outras medidas que podem levar a mais contactos”, explicou.

Entre essas medidas conta-se a abertura de portas a uma parcela limitada de adeptos de futebol. Algo que já foi reclamado por vários dirigentes nacionais, desde Jorge Nuno Pinto da Costa (presidente do FC Porto) a Pedro Proença (presidente da Liga), e que não está no horizonte próximo das autoridades.

“Temos de ponderar público nos estádios e abertura das discotecas neste quadro mais vasto, e não será certamente nos próximos tempos. Não há previsão, temos de ver o movimento de pessoas, que não é um fenómeno único, repete-se todos os dias. E tem um impacto grande no número de contactos que cada pessoa vai ter nas próximas semanas”, justificou Graça Freitas. 

O PÚBLICO tentou recolher comentários a esta decisão junto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), mas ambos os organismos fizeram saber que, para já, não irão reagir. 

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