Festival MOTELX abre com o terror paranormal espanhol de Malasaña 32

O encerramento do festival acontecerá dia 14, com The Rental, a estreia na realização do actor Dave Franco. A abertura oficial, dia 7, será antecedida por três eventos: uma performance a partir de Gonçalo M. Tavares, um jantar encenado inspirado em Pessoa e a exibição de The Host, de Bong Joon-Ho.

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O filme de Albert Pintó, que abre o festival, acompanha uma família que se muda da aldeia para um apartamento em Madrid. DR

O filme espanhol Malasaña 32, de Albert Pintó, abrirá, a 7 de Setembro, o MOTELX — Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, anunciou esta quarta-feira a organização.

Numa edição que contará com sessões mais espaçadas, de lotação reduzida e uso obrigatório de máscara, o MOTELX abrirá com a antestreia, no cinema São Jorge, de uma história paranormal sobre uma família que se muda da aldeia para um apartamento em Madrid.

O encerramento do 14.º MOTELX, a 14 de Setembro, será também com uma história de terror entre quatro paredes, com The Rental, filme que assinala a estreia na realização do actor norte-americano Dave Franco. Entre estes dois filmes, o MOTELX promete “mais de 70 sessões para matar saudades do grande ecrã e mostrar o lugar único que o cinema de terror tem no mundo de hoje”, refere a organização.

A programação contará ainda com as estreias mundiais de A Beast in Love, do japonês Koji Shiraishi, e History of the Occult, do argentino Cristian Jesús Ponce. Destaque ainda para a inclusão do filme brasileiro Macabro, de Marcos Prado, na programação, e, em sessão especial, de Epidemic, filme de Lars von Trier, de 1987.

A direção do MOTELX tinha já anunciado anteriormente uma retrospectiva sobre racismo e cinema de terror, com filmes “precursores do movimento Black Lives Matter", e um convite a Pedro Costa para a secção Quarto Perdido, com a exibição de Ne Change Rien (2009) e Cavalo Dinheiro (2014).

A secção Serviço de Quarto “mostra este ano um número recorde de filmes realizados por mulheres”, como Saint Maud, de Rose Glass, Relic, da escritora Natalie Erika James, e The Trouble with Being Borne, de Sandra Wollner.

A competição de curtas-metragens portuguesas contará com os filmes A Grande Paródia, de André Carvalho, Carnaval Sujo, de José Miguel Moreira, Com Sono, Mas Não Durmo, de Tiago Bastos Nunes, Death on Tape, de Pedro Miguel Costa, O Intruso, de Hugo Pinto, Karaoke Night, de Francisco Lacerda, Loop, de Ricardo M. Leite, Mata, de Fábio Rebelo, Mirror Room, de David Seguro, Petrichor, de Gustavo Silva, Porque Odeias o Teu Irmão?, de Pedro Martins e Inês Marques, e O Silêncio, de Pedro Caldeira e Paulo Graça.

Este ano há sete filmes em competição pelo prémio MOTELX de melhor longa-metragem: Advantages of Travelling by Train, de Aritz Moreno (Espanha), Amulet, de Romola Garai (Reino Unido), Darknes, de Emanuela Rossi (Itália), Hunted, de Vincent Paronnaud (Irlanda/Bélgica), Pelican Blood, de Katrin Gebbe (Alemanha), Sputnik, de Egor Abramenko (Rússia), e Stranger, de Dmitriy Tomashpolski (Ucrânia).

O MOTELX será antecedido por três dias de eventos warm-up (de aquecimento, em português), ao ar livre, entre 3 e 5 de Setembro. No dia 3, o Convento de São Pedro de Alcântara acolhe a performance A Mulher-Sem-Cabeça, a partir de um texto de Gonçalo M. Tavares, com ilustrações ao vivo de António Jorge Gonçalves e voz do rapper Papillon.

No dia 4, o Espaço Brotéria recebe um jantar encenado, inspirado num texto de Fernando Pessoa, com supervisão artística de Albano Jerónimo, e a estreia em encenação de duas estudantes de teatro e cinema, Matilde Carvalho e Rita Poças. Para 5 de Setembro está marcada a exibição, ao ar livre, no Largo Trindade Coelho, de The Host, de Bong Joon-ho, realizador do oscarizado Parasitas.

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