O sprint do Free Cinema a cortar a meta como Nova Vaga inglesa

Um grupo de cineastas fez dos limites técnicos um manifesto de estética, poesia e economia. Fez Free Cinema. Com eles, e com o encontro com a dramaturgia dos angry young men, nasceria a Nova Vaga inglesa. E personagens jovens, pícaras, tumultuosas, sensuais e trágicas. Vamos vê-las num ciclo (são cinco realizadores e nove filmes) no cinema Nimas, a partir de hoje.

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Albert Finney em Saturday Night and Sunday Morning, Tom Courtenay em The Loneliness of the Long Distance Runner, Richard Harris em This Sporting Life e Rita Tushingham em A Taste of Honey

Free cinema, liberto de quê? Da propaganda e das bilheteiras. Porque no film can be too personal. “A dimensão é irrelevante”, “a perfeição não pode ser objectivo”, “uma atitude significa um estilo e um estilo significa uma atitude”. Era este o manifesto que Lindsay Anderson (1923-1994), Karel Reisz (1926-2002), Tony Richardson (1928-1991) e Lorenza Mazzetti (1927-2020), num misto de... propaganda..., manobra publicitária e crença apresentavam a 5 de Fevereiro de 1956 uma sessão no National Film Theater de Londres, onde Reisz era programador (o que facilitou o “golpe”). Para essa sessão três curtas-metragens, rodadas com uma câmara Bolex, 16 mm, que só permitia takes de 22 segundos, que não possibilitava som síncrono, mas que, como se revelaria, tinha um espírito “amador” que potenciava elevar os limites a manifestos de estética, poesia e economia, fizeram esgotar a sala e criar um acontecimento.

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Free cinema, liberto de quê? Da propaganda e das bilheteiras. Porque no film can be too personal. “A dimensão é irrelevante”, “a perfeição não pode ser objectivo”, “uma atitude significa um estilo e um estilo significa uma atitude”. Era este o manifesto que Lindsay Anderson (1923-1994), Karel Reisz (1926-2002), Tony Richardson (1928-1991) e Lorenza Mazzetti (1927-2020), num misto de... propaganda..., manobra publicitária e crença apresentavam a 5 de Fevereiro de 1956 uma sessão no National Film Theater de Londres, onde Reisz era programador (o que facilitou o “golpe”). Para essa sessão três curtas-metragens, rodadas com uma câmara Bolex, 16 mm, que só permitia takes de 22 segundos, que não possibilitava som síncrono, mas que, como se revelaria, tinha um espírito “amador” que potenciava elevar os limites a manifestos de estética, poesia e economia, fizeram esgotar a sala e criar um acontecimento.