Cartas ao director

A guerra de tronos das operadoras rodoviárias privadas

Se formos à Internet e clicarmos em Andante somos brindados com uma longa lista de agentes rodoviários, de Metro e ferroviários associados e abrangidos pelos novos títulos e mais baratos tarifários, que nos dá uma falaciosa sensação de que saímos dum tempo de atrasado sistema de mobilidade para uma quase moderna perfeição.

Não podíamos estar mais enganados: a guerra de tronos em que as operadoras privadas, ditas regionais, que passaram a ter de ombrear em concursos internacionais com empresas, da também dita União Europeia, se envolveram com o Estado/Governo deixou a nu a terra sem lei em que se moviam na mais completa impunidade e sem qualquer mínima supervisão da tutela.

Reis e soberanos de pequenos-grandes Estados dentro do Estado, estas empresas privadas rodoviárias regionais que eram donas vitalícias das rotas metropolitanas e com alvarás blindados e à prova de qualquer escrutínio, estão a reagir em modo-terrorista “castigando” os utentes de todas as formas que podem (...e as deixam!); o exemplo de Gaia deve ser tido como metro-padrão.

Não afixam horários a não ser na página da Internet dos “sítios” que as publicitam com belas fotos enganadoras. Não autorizam que os seus motoristas sejam prestáveis e educados porque quanto mais desagradáveis forem menos são questionados são, o que resulta no perfeito biombo atrás do qual se escondem os ditos operadores.

Não cumprem, sistematicamente, os horários afixados na Net, o que aumenta a confusão entre quem sabe o horário que devia estar a ser cumprido e a maioria dos que apenas esperam que Deus lhes mande uma camioneta posicionando-se como aqueles três macaquinhos de boca, olhos e orelhas tapadas que a gente conhece.

Maria da Conceição Morais Mendes, Canidelo

Incêndios

Por todos os lados vemos o aviso “Portugal chama”,  apelando ao não uso de maquinaria usada em trabalhos rurais, como se esta fosse a principal fonte de ignições, tornando proibida a sua utilização. E o uso de isqueiros e fósforos é permitido? Até nos dá a impressão que os criminosos pirómanos têm a complacência das autoridades em dar-lhes uma espécie de aval para a sua continuada acção incendiária, uma vez que as chamadas de atenção são inexistentes e pouco punitivas.

A quem convirá este continuado estado de coisas, em que todos os anos tem sido assim, em que a prevenção vem depois da acção, após a catástrofe de terra queimada?

José Amaral, Vila Nova de Gaia

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