Praxe deverá decorrer em Coimbra mas com uso obrigatório de máscara

“As praxes deverão decorrer à mesma, visto que passa a haver aulas presenciais”, disse Matias Correia, que lidera o Conselho de Veteranos, entidade reguladora da praxe na Universidade de Coimbra.

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Sergio Azenha

praxe em Coimbra deverá decorrer com o início do ano lectivo e o regresso das aulas presenciais, afirmou nesta terça-feira o responsável do Conselho de Veteranos, salientando que vai ser determinado o uso obrigatório de máscara nestas actividades.

“As praxes deverão decorrer à mesma, visto que passa a haver aulas presenciais”, disse à agência Lusa o dux veteranorum, Matias Correia, que lidera o Conselho de Veteranos, entidade reguladora da praxe na Universidade de Coimbra. Segundo o responsável, a decisão foi tomada “em articulação com a reitoria”, informação que a reitoria desmente.

Para garantir uma maior segurança num contexto de pandemia, além da determinação do uso obrigatório de máscara nas praxes, o Conselho de Veteranos vai publicar recomendações para que as actividades ocorram com “grupos mais pequenos e, dentro do possível, que garantam o distanciamento físico”.

Questionado sobre se será recomendado um número máximo de estudantes por praxe, Matias Correia afirmou que esse número ainda não foi discutido.

“Ao nível da integração e da interacção dos caloiros, a praxe acaba por ser um ‘medium' bastante eficaz. É justificável que aconteçam as actividades praxísticas”, salientou, frisando que, a partir do momento “em que se justifica haver 15 pessoas numa sala de aulas, também se justifica fazer este tipo de actividades”.

Para o dux veteranorum, “se as pessoas não estiverem na praxe estão num bar ou numa esplanada”, ou seja, o risco de contágio “não é amplificado pelas actividades praxísticas”. Ainda assim, caso surja algum surto no seio da comunidade estudantil de Coimbra, o Conselho de Veteranos irá “suspender imediatamente a praxe”.

A decisão de se manter a praxe, frisou o responsável, está dependente da “evolução da situação epidemiológica”.

Praxe suspensa em Julho na UM

Na Universidade do Minho (UM) um eventual regresso das praxes em contexto de pandemia não foi isento de polémica. Depois de decidir o regresso das praxes presenciais a 6 de Julho, numa segunda-feira, o Cabido de Cardeais – grupo que gere a praxe na UM – anunciou logo na quarta-feira, menos de 48 horas depois, que as praxes tinham sido, afinal, suspensas “com efeito imediato”.

O Cabido de Cardeais tinha autorizado que os cursos da academia minhota voltassem a organizar praxes, impondo algumas medidas, como distanciamento social e limite de pessoas nos ajuntamentos. Mas a medida não foi acolhida favoravelmente, nem nas redes sociais, nem pelas autoridades locais. Ao PÚBLICO, tanto a reitoria da UM como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) condenaram a decisão.

A reitoria da UC desmente que tenha havido uma “articulação” entre a reitoria e o dux

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