Ventilador Atena: “A segurança do doente pode estar em causa”

Resumo da avaliação do Infarmed ao ventilador Atena revela que os peritos não tinham informação suficiente sobre a segurança e o desempenho do aparelho. Em relação aos dados que tinham, os peritos consideram que o benefício não compensava o risco colocado pelo ventilador.

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O ventilador Atena durante o desenvolvimento em Abril, nas instalações do CEiiA, em Matosinhos Paulo Pimenta

O Infarmed, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, divulgou parte da informação – um resumo da avaliação – sobre o primeiro modelo do ventilador Atena. Essa avaliação tinha incluído a análise de sete peritos que, por unanimidade, concluíram que o primeiro modelo do Atena não estava em condições de ser utilizado em doentes, como o PÚBLICO noticiou na quarta-feira. Agora pode ler-se no resumo divulgado um dia após a notícia do PÚBLICO que, tendo em conta a documentação fornecida pelo fabricante do ventilador, o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, os peritos consideraram que “a segurança do doente pode estar em causa”. Isto porque a inconsistência observada num dos parâmetros ventilatórios – a pressão positiva no final da expiração, ou PEEP – “pode aumentar o risco de lesão associada ao ventilador” e expor o doente a “mais eventos adversos”.

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