Man. City recebe lição de finalização e é o Arsenal quem vai à final da Taça de Inglaterra

Depois da conquista da Taça da Liga, eliminação da Taça e campeonato entregue ao Liverpool, aos “citizens” resta, agora, a Liga dos Campeões (há jogo com o Real Madrid em Agosto).

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Aubameyang a bater Ederson LUSA/Justin Tallis/NMC/Pool

Quatro remates, quatro acertos na baliza, dois golos. Foi assim que o Arsenal ensinou ao Manchester City como atacar, batendo uma equipa que dominou ampla e claramente a partida, mas que nunca soube disparar à baliza adversária (16 remates, apenas dois no alvo). E, com um 2-0, em Londres, o Arsenal garantiu a passagem à final da Taça de Inglaterra, ficando, agora, à espera do que farão Manchester United e Chelsea neste domingo (18h), na outra meia-final.

No Emirates, a primeira parte teve um contexto semelhante ao que já vários jogos do Manchester City tiveram nesta temporada. A equipa de Pep Guardiola (que deixou Bernardo e Cancelo no banco) teve muita bola – mais de 60% de posse – e jogou quase sempre no meio-campo adversário – cerca de 75% do jogo disputou-se nessa zona –, mas, na hora de fazer o que o futebol pede, falhou.

A equipa não fez um único remate à baliza, apesar dos cinco tiros tentados, enquanto o Arsenal, de Mikel Arteta (que não teve Cedric), sendo controlado durante a primeira parte, acabou por fazer três remates à baliza.

Começou por haver um golo anulado a Lacazette, aos 14’, e um remate de Aubameyang, aos 17’, que serviu de “aquecimento”. Dois minutos depois, o gabonês finalizou de primeira um bom cruzamento de Pépé.

Já perto do intervalo poderia mesmo ter acontecido o 2-0 (Ederson negou o cabeceamento de Mustafi), numa prova de que o City não só não soube ser capaz na hora de atacar a baliza como não conseguiu suster as poucas – mas boas – investidas londrinas.

A segunda parte começou de forma semelhante à primeira no domínio, mas diferente no perigo criado. O City começou a ser mais capaz nos últimos metros e somou bons lances aos 54’ (Martínez defendeu o tiro de Mahrez), aos 62’ (De Bruyne rematou ao lado, de livre-directo), aos 64’ (Sterling levou com a bola na cara em vez de cabecear para a baliza) e aos 67’ (David Silva finalizou mal o passe de De Bruyne).

O Arsenal defendia com oito jogadores dentro da própria área e mais dois nas imediações. Foram, frequentemente, onze jogadores atrás da linha da bola. Mas isto não significa não atacar. E muito menos não atacar bem. Na primeira vez que saiu para a zona ofensiva, num contra-ataque aos 71’, Aubameyang foi lançado em profundidade e finalizou perante Ederson.

O City atacou, mas não marcou. O Arsenal atacou pouco, mas fê-lo bem. E ainda é isso que conta, como tão bem aprendeu o City durante esta temporada. E, depois da conquista da Taça da Liga, eliminação da Taça e campeonato entregue ao Liverpool, aos “citizens” resta, agora, a Liga dos Campeões (há jogo com o Real Madrid, em Agosto). Já o Arsenal, com o actual décimo lugar na Liga inglesa, tem nesta final da Taça uma via possível para ir às competições europeias em 2020/21.

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