“Elas andaram aí”, mas com “estranhos destinos”. Como se (re)escreve na história portuguesa a arquitectura no feminino?

Começaram por descobrir “o traço” e fincaram o pé para não serem tratadas por “senhoras arquitecto”. A história das mulheres na arquitectura é feita de conquistas, tentativas e “estranhos destinos”. E há quem lute para que deixe de ser invisível.

Foto
Patrícia Santos Pedrosa é a coordenadora da investigação Arquitectas em Portugal: construção da visibilidade, 1942-1986 daniel rocha

Quem são, quando surgiram e como contribuíram as mulheres para a história da arquitectura? Apesar de elas representarem quase metade dos inscritos na Ordem dos Arquitectos e serem a maioria nas universidades, os livros e manuais mais “consagrados” continuam a não destacar arquitectas nas suas páginas, critica Patrícia Santos Pedrosa, professora de História da Arquitectura na Universidade da Beira Interior. “Ainda há a ideia de que se as mulheres não estão nos livros é porque não fizeram nada de relevante para lá estar. Ainda há muito esta narrativa histórica de que temos apenas uma genealogia normal e que, para um país pequeno, até tivemos dois prémios Pritzker [Siza Vieira e Souto Moura]”, completa Patrícia Santos Pedrosa.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção