Sérgio Conceição: “Ganhar no sofá ou não, a mim não me diz nada”

Treinador do FC Porto lançou o clássico com o Sporting, abordando a possibilidade de festejar o título antecipadamente.

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O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, lançou nesta terça-feira o clássico com o Sporting, da 32.ª jornada, sem dar grande importância ao facto de se poder sagrar campeão já esta noite, se o Benfica não vencer o V. Guimarães.

“É redutor falar dessa forma. Os campeões são feitos ao longo de 30 e tal jornadas. Trabalhamos a pensar naquilo que são os objectivos do clube. Isso de ganhar no sofá ou não, a mim não me diz nada”, vincou o técnico dos “dragões”, relativizando uma eventual festa antecipada.

Quanto à semana de trabalho, Sérgio Conceição garante que foi um período igual aos outros. “Não muda nada no planeamento. Vamos continuar com a mesma seriedade. A ambição e a determinação vão estar sempre presentes, porque representamos um clube que nos obriga a isso”, assinalou.

Centrando a abordagem no clássico de quarta-feira, o técnico do FC Porto deixou alguns elogios ao novo treinador do Sporting: “O Rúben tem feito um excelente trabalho, tem as ideias bem definidas sobre aquilo que quer para as suas equipas”, avaliou. “O Sporting é uma equipa diferente, com alguns jovens lançados com qualidade pelo novo treinador, dentro daquilo que é a sua ideia de jogo. Naquilo que são os resultados, efectivamente mudou para melhor e isso é sinónimo de qualidade no trabalho”.

Para este embate, o FC Porto tem quatro baixas de peso, entre elas as mais recentes, de Corona e Uribe, mas Sérgio Conceição não abre o jogo sobre uma eventual alteração no sistema a utilizar:"Se é 4x4x2 ou 4x3x3 depende de quem jogar. Pode-se jogar em 4x3x3 com três avançados ou em 4x4x2 com um avançado e um médio, depois a dinâmica da equipa é que vai ditar se é mais ofensiva ou não.”

Desvalorizando também a possibilidade de o FC Porto, em caso de triunfo, conseguir a rara proeza de ganhar todos os clássicos da época no campeonato, o treinador dos “dragões” lembra que “nenhum adepto vai festejar os clássicos”. “Eles festejam é vitórias”, complementa, garantindo que os jovens da formação que têm sido chamados estão preparados para jogos desta envergadura.

Ainda assim, Sérgio Conceição faz uma análise mais profunda das novas gerações. “Se trabalham connosco, é porque têm qualidade. É preciso, às vezes, é adicionar mentalidade competitiva aos nossos jovens. Penso que nisso ficam a dever um pouco aos jogadores de há uns anos atrás, embora ofereçam também mais coisas que ofereciam outros jogadores há uns anos, a verdade é essa”.

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