Acertos na Luz e Dragão e erros em Moreira de Cónegos

Do jogo Benfica-Boavista destaque para os golos validados e anulados, no que diz respeito à questão do fora de jogo e, obviamente, à tecnologia do fora de jogo disponível na Cidade do Futebol por parte do videoárbitro (VAR). Se essa tecnologia não existisse e a possibilidade de, através da transmissão televisiva, o público ter acesso a essa informação, estaríamos claramente perante muitos casos de jogo e polémicos. Daí que para os mais críticos e cépticos este jogo é a prova provada da importância das tecnologias ao serviço da verdade desportiva e na ajuda preciosa da tomada de decisão dos árbitros.

Minuto 14, golo legal do Benfica. Helton Leite, depois de dominar a bola, larga-a e na procura de a dominar de novo acaba por chocar com André Almeida, não havendo qualquer infracção por parte do jogador “encarnado”.

Minuto 32: no momento do passe de Gabriel para Pizzi, que obtém o golo, este está em posição legal por 33cm.

Minuto 40: golo anulado a Dulanto por fora de jogo de 87cm.

Minuto 64, golo validado ao Boavista. Quando Carraça faz o passe para Dulanto este está em posição legal. Foram 17 os centímetros que validaram o seu posicionamento.

Minuto 80, golo anulado a Vinícius também por fora de jogo. Desta feita, foram 36 os centímetros que o colocaram em posição ilegal.

No jogo FC Porto-Belenenses Sad, foram vários os lances ocorridos, nomeadamente nas áreas. Minuto 23: Soares, ao recuar para recepcionar a bola, acaba por esbarrar no seu adversário. Henriques, que tinha a sua posição fixa e ganha limitou-se a amortecer o impacto, não o empurrando ou carregando de forma ilegal. Lance sem infracção e sem motivo para pontapé de penálti. 

Minuto 29: Uribe cai na área, mas é ele que, em corrida, pontapeia com o seu pé esquerdo de forma inadvertida o pé direito de Nuno Coelho, razão pela qual não houve motivo para penálti.

Minuto 35: golo bem anulado a Uribe que ao tocar de forma inadvertida com o braço direito na bola acabou, acto contínuo, por obter golo, de acordo com a alteração em vigor nas leis de jogo, “… considera-se infracção se um jogador marcar um golo na baliza adversária directamente, após o toque na mão/braço inclusive se for acidental …” (Lei 12, Faltas e Incorrecções, página 104).

Minuto 54: lance passível de pontapé de penálti, sendo que aqui a diferença para o lance de Soares, ao minuto 23, é que Pepe, ao recuar para ir jogar a bola e ao ir contra o seu adversário, na ocasião Keita, este mete-lhe o cotovelo e o antebraço todo nas costas e mais do que amortecer o impacto empurrou de forma ostensiva e deliberada o central portista, de tal forma que o desequilibrou e impossibilitou de jogar a bola. Ou seja, este contacto e mais concretamente o empurrão teve uma consequência clara, o de tirar Pepe da possibilidade de jogar a bola.

Minuto 74: pontapé de penálti corretamente assinalado Luís Diaz foi rasteirado no interior da área quando Phete chegou tarde à bola e de forma imprudente derrubou o seu adversário.

Minuto 82: aquando do pontapé livre, no golo de Fábio Vieira, Marega aproximou se por trás da barreira do Belenenses SAD, barreira essa composta por mais de três jogadores. Ora, de acordo com a alteração as leis de jogo, aquando da marcação de um pontapé livre se um colega do executante se aproximar a menos de um metro de distância da barreira (desde que tenha três ou mais jogadores) o jogo recomeça com um pontapé livre indireto contra essa equipa que beneficiou do pontapé livre. Difícil de ver se Marega se aproximou ao tal metro da lei. Fica a ideia que sim. Para este jogo este lance acaba por não ter grande relevância mas para memória futura, quer para árbitros, quer para jogadores é bom não esquecer deste pormenor da lei que pode fazer toda a diferença. Os árbitros têm de estar atentos e os jogadores também para não estragarem e anularem um possível golo da sua equipa.

No jogo Moreirense-Sporting, ao minuto 3, ficou um penálti por assinalar. João Aurélio pontapeia com o seu pé direito a canela de Jovane, fazendo-o cair no interior da área.

Minuto 49: Abdu Conté deveria ter sido expulso por acumulação de cartões amarelos, por uma entrada fora de tempo, com perigo e negligente sobre Ristovski.

Minuto 50: incorrecta a expulsão de Halliche, por anular uma clara oportunidade de golo, pois é Plata que faz primeiro uma falta atacante quando, com o seu braço esquerdo, agarra e puxa o ombro direito do jogador do Moreirense.

Minuto 90+5: ficou um pontapé de penálti por assinalar a favor do Sporting, Coates é claramente agarrado e puxado pela camisola por Djavan, ficando, desta forma, o central “leonino” impedido de poder disputar o lance e de jogar a bola.

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