Mais 4000 circulações rodoviárias por dia na Área Metropolitana de Lisboa

Desde segunda-feira, tem procedido ao reforço dos seus serviços, “designadamente das carreiras e horários onde há registos de maior procura”.

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Miguel Manso

A partir desta quarta-feira, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) conta com um reforço na oferta de 90% nas circulações rodoviárias, comparativamente aos números de Junho. Em comunicado, a AML refere que este aumento se traduz em mais 4000 circulações rodoviárias.

De acordo com a entidade, a Barraqueiro, que serve os concelhos de Vila Franca de Xira, Mafra, Sintra e Loures, tem “procedido a reforços de oferta desde segunda-feira, 29 de Junho.” A partir desta quarta-feira, retoma a disponibilização de oferta idêntica à registada “no período homólogo em 2019, com reforços substanciais nas ligações a Lisboa e a outros locais sem alternativa de serviço.”

A Rodoviária de Lisboa, que serve Loures, Odivelas e parte de Vila Franca de Xira e Amadora, disponibiliza uma oferta média acima dos 90%. Tem procedido ao reforço dos seus serviços nas carreiras e horários onde há maior procura desde segunda-feira. Algumas destas carreiras têm uma oferta idêntica à registada antes da pandemia.

A Scotturb, que opera nos concelhos de Sintra e nas carreiras intermunicipais para Cascais e Oeiras, reforçou para os 100% de oferta de rede, especialmente nos serviços que registavam maior procura, a partir desta quarta-feira. 

As carreiras 455 e 456 de Rio de Mouro para Cascais e Estoril estão a praticar horários reforçados que, “pelo menos, são equivalentes à fase pré-pandémica e passaram a ser feitas com os veículos de maior dimensão”. A carreira 456 Rio de Mouro/Estoril está, inclusivamente, com um aumento da oferta na hora de ponta do período da manhã, com mais três circulações, comparativamente ao que acontecia antes da crise sanitária.

A JJ Santo António, Isidoro Duarte e Henrique Leonardo Mota, que servem os concelhos de Loures e Mafra, estão, “desde dia 29, a praticar os horários não escolares, com uma oferta que, no caso da JJ Santo António, chega aos 100%”.

A Vimeca/Lisboa Transportes, que serve os concelhos de Oeiras, Amadora e parte de Sintra, está a praticar desde segunda-feira os horários normais desta altura do ano.

Os Transportes Sul do Tejo, que servem a Península de Setúbal, estão “a proceder a um reforço global de serviço de transportes”. Assim, foram retomadas as ligações a Lisboa que se encontravam suspensas.

A Área Metropolitana de Lisboa, os municípios e os operadores estão, de uma forma conjunta, a monitorizar os serviços oferecidos, “para procederem, em caso de necessidade, a reajustes na oferta”, visando a prestação de um serviço público de transportes seguro e que vá ao encontro das necessidades de mobilidade da população da área metropolitana de Lisboa.

Nesta quarta-feira, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) admitiu que tem havido sobrelotação nos transportes públicos de passageiros do país, com a passagem do estado de emergência para o de calamidade, devido à “avalanche” de utilizadores.

“Tem havido sobrelotação, nós temos recebido reclamações”, disse esta manhã o presidente da AMT, João Carvalho, aos deputados da comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa.

“Não era previsível que acontecesse isto. [...] É uma coisa nova, estavam os serviços mínimos, de repente começa a avalanche de utilizadores de transportes”, acrescentou.

Segundo aquele responsável, a AMT, que regula e fiscaliza do sector dos transportes em Portugal, recebeu 400 reclamações relativamente ao transporte público de passageiros, entre o estado de emergência e o de calamidade, não só referentes a sobrelotação, mas também sobre questões de segurança e higiene.

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