A Alemanha mudou? Há razões para isso

Angela Merkel tem nas mãos a possibilidade de sair de cena ao fim de quatro mandatos consecutivos deixando um legado europeu que ainda pode vir a ombrear com os de outros grandes chanceleres alemães como Helmut Kohl ou Konrad Adenauer.

1. A crise pandémica está a mudar a Alemanha e a sua relação com a Europa? Ou é apenas a chanceler que se sente mais livre de constrangimentos internos para dar livre curso ao que pensa que deve ser o futuro? Ou ainda, como muitos prudentemente preferem, trata-se de um pequeno interregno, provocado pela magnitude desta crise, que leva Berlim a encarar a recuperação económica e social alemã e europeia de uma forma particularmente ambiciosa? As perguntas vão ter de esperar algum tempo por respostas mais satisfatórias. A única coisa de que há certeza neste momento é que a grande coligação que lidera a República Federal não poupou nem esforços nem euros para liderar a União nesta crise que paralisou a economia europeia como nunca antes acontecera, com uma ambição e uma rapidez surpreendentes, quebrando alguns dos mais resistentes tabus da sua política europeia.

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