Aparências autênticas e inautênticas

Na Galeria Municipal do Porto uma estimulante exposição parte da experiência e do significado das máscaras para, neste tempo, nos perguntar: quem somos nós para lá das imagens e das suas ficções?

Foto
Superfícies que escondem outras superfícies: talvez, as nossas aparências autênticas? Paulo Pimenta

Nesta exposição, não há obras nas paredes. Aparecem sobre o soalho do largo corredor da Galeria Municipal do Porto. Estão ali, à nossa frente, verticais, quase arrogantes. Imóveis, embora nem todas mudas, formam o cenário de uma peça que ainda não começou, alheia — mas não absolutamente — à presença humana. A sensação mais imediata que provocam não é inédita, sobretudo no domínio da arte. Um sentimento que vagueia entre a estranheza e o reconhecimento, o fascínio e a repulsa, o temor e a atracção. Deixamo-nos ir, com a prudência exigível, observando, espreitando e porventura sendo observados, espreitados.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar