CDS acusa Governo de “abrir portas à corrupção” na contratação pública

Líder democrata-cristão esteve reunido com o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal.

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Francisco Rodrigues do Santos foi eleito presidente do CDS em Janeiro deste ano Paulo Pimenta

O presidente do CDS acusou esta segunda-feira o Governo de estar a “abrir portas à corrupção” e ao “amiguismo” ao fazer contratação pública “sem controlo” e “eliminando regras da “transparência” durante a pandemia da covid-19.

“Parece-nos que está a abrir as portas à corrupção, ao amiguismo, o que é um sinal muito preocupante num país que tem de ser sério, sobretudo nas alturas de crise. Depois haverá dinheiro para os filhos e os enteados parece que ficarão a arder com os calotes do Estado”, declarou o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, após uma reunião, em Viana do Castelo, com o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), onde teve oportunidade para conhecer as dificuldades que o sector atravessa nesta pandemia.

As acusações do presidente do CDS surgem no âmbito da “revisão das regras da contratação pública e dos concursos públicos”, bem como da “faculdade de haver ajustes directos” que no caso de ficarem vazios têm “regras muito mais facilitadoras de negócio para potenciais interessados” e também por causa da “eliminação dos vistos para o Tribunal de Contas”, explicou.

“O CDS percebe que o Governo não paga aquilo que deve, acumula dívidas avultadas a fornecedores, atrasa-se a pagar o layoff e com a burocracia também vai diferindo os pagamentos das linhas de crédito (...), mas agora parece que quer contratar, ao nível público, sem qualquer controlo, eliminando regras essenciais à transparência e à gestão dos dinheiros públicos”, denunciou Francisco Rodrigues dos Santos.

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