Marítimo ultrapassa Gil Vicente e já respira melhor na I Liga

O Marítimo chega aos 28 pontos – fica, à condição, oito acima da zona de descida –, enquanto o Gil mantém os 30 pontos que o colocam dez acima da descida de divisão – uma vantagem não definitiva, mas, para já, tranquila.

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Rodrigo e Tagueu em duelo LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

O Marítimo já respira melhor, o Gil Vicente continua tranquilo. É este o resumo prático da vitória (2-1) dos insulares frente aos minhotos, nesta segunda-feira, em jogo da ronda 27 da I Liga. Com este resultado, o Marítimo chega aos 28 pontos – fica, à condição, oito acima da zona de descida –, enquanto o Gil mantém os 30 pontos que o colocam dez acima da descida de divisão – uma vantagem não definitiva, mas, para já, tranquila.

No Funchal, a primeira parte trouxe um jogo sem conexão clara entre o teórico domínio estatístico e o que se passou no relvado. Os números da posse de bola evidenciam equilíbrio, mas o jogo não foi exactamente assim, já que o Marítimo foi sempre bastante mais perigoso.

O Gil Vicente dividiu a partida em grande parte do tempo, explorando, sobretudo, a capacidade de os extremos segurarem a bola e provocarem faltas. Ainda assim, a posse de bola do Gil foi quase sempre sem progressão, enquanto o Marítimo conseguiu ser mais capaz no ataque à baliza adversária. E foi dessa forma que somou vários remates, mesmo sem ser claramente dominador.

Ainda antes de começarem os remates do Marítimo, já o Gil estava na frente. Aos 8’, a defesa madeirense afastou mal a bola da sua área e Kraev – que de início pareceu nem estar a acreditar em tamanha oferta – fez um bom remate de pé esquerdo.

Correa, aos 16’ e aos 18’, e Xadas, aos 19’, ainda criaram perigo, mas esta era tarde para “ofertas”. Aos 30’, Tagueu cabeceou para defesa incompleta de Denis e, com os jogadores do Gil passivos, Rodrigo Pinho fez o empate com uma recarga fácil.

Após um lance perigoso de Sandro Lima, o Marítimo voltou à carga: Denis foi obrigado a aplicar-se aos 37’ e aos 39’, para desespero dos insulares. Já nos descontos da primeira parte, o até então inspirado Denis falhou uma abordagem a um canto e provocou o autogolo de Rodrigo.

O Marítimo chegou a uma vantagem justa e, na segunda parte, voltou como estava: criou perigo aos 50’, aos 53’ e aos 55’, por Pinho, na primeira, Tagueu, na segunda, e Tagueu com passe de Pinho, na terceira.

A partir daqui, o jogo acalmou, até porque a equipa ofensivamente mais capaz estava em vantagem e foi conseguindo “esfriar” a partida, controlando-a com bola - e perdendo, por vezes, algum tempo. Apesar do sofrimento e do mau futebol na última meia hora, o Marítimo aguentou o resultado e impediu oportunidades para os minhotos.

Só aos 85’ voltou a haver emoção, com um penálti cometido por Charles, autor de uma abordagem pouco prudente num lance aéreo. A justiça acabou por imperar e o guardião, defendendo o pontapé de Sandro Lima, manteve para o Marítimo um triunfo muito procurado. E bem procurado, também.

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