Kaitlyn Aurelia Smith cura-se pela electricidade

The Mosaic of Transformation é o novo álbum da norte-americana, prodigiosa inventora de uma electrónica entalada entre a pop e o experimentalismo. Desta vez, foi à procura de compreender a electricidade no seu corpo.

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Chantal Anderson

O processo de composição e depuração de The Mosaic of Transformation teve para Kaitlyn Aurelia Smith uma natureza terapêutica. Mas não no sentido em que milhentos outros artistas costumam reclamar as propriedades curativas dos processos criativos, enquanto equivalentes à aplicação de pensos rápidos sobre lutos hemorrágicos ou de milagrosos (mas de acção lenta) unguentos sobre facadas na vida amorosa. Para Smith, elevada nos anos mais recentes a luminária da música electrónica — mas uma electrónica com uma linguagem larga o suficiente para se mostrar porosa a elementos pop e eruditos —, as motivações foram de outra ordem. Ao confrontar-se com o diagnóstico de “problemas de saúde relacionados com o sistema nervoso”, segundo confidencia ao Ípsilon durante a sua quarentena, começou a meditar em formas de restabelecer e curar a “electricidade” no seu próprio corpo. “Houve então muitos aspectos da electricidade que senti que devia começar a aprender e a compreender”, reflecte.

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