Williams perde patrocínio e abre processo formal de venda

Construtora britânica ainda procura novos investidores, mas admite desde já o cenário de venda.

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Nicholas Lafiti no circuito de Barcelona, nos testes de pré-temporada Reuters/Albert Gea

O grupo automóvel britânico Williams, um dos principais emblemas de Fórmula 1, anunciou nesta sexta-feira o fim da ligação com o principal patrocinador, a empresa Rokit, e admitiu vender a escuderia.

“As opções, que não estão limitadas, mas que têm sido consideradas, incluem a captação de novo investimento, a alienação de uma parte minoritária das acções do WGPH (Grupo Williams) ou a alienação da parte maioritária das acções, que inclui a possível venda de toda a companhia”, refere a Williams.

Apesar de não existirem decisões, a construtora indica que avança já com um processo formal de venda, para facilitar a discussão com eventuais partes interessadas, e que também tem tido conversas preliminares com possíveis investidores.

O conselho do WGPH (Grupo Williams) acredita que a revisão estratégica e o processo formal de venda são o passo certo e prudente a dar, no sentido de conferir à equipa de Fórmula 1 “o melhor futuro possível”.

O último ano foi difícil para a escuderia, com uma perda operacional de 10 milhões de libras (12 milhões de euros), em contraponto com um benefício de 16 milhões de libras no exercício da actividade.

“Os resultados de 2019 reflectem o declínio recente da nossa competitividade na Fórmula 1, que se traduziu nas receitas provenientes dos direitos comerciais”, explicou Mike O'Driscoll, presidente do conselho de administração do grupo.

Nas duas últimas temporadas na F1, a Williams não foi além de dois décimos lugares (2018 e 2019), os piores resultados da sua história, primeiro com os pilotos Lance Stroll e Sergey Sirotkin, e depois com Robert Kubica e George Russell.

Esta época, que não chegou a arrancar, devido à pandemia da covid-19, a escuderia conta novamente com George Russell na equipa, à qual se juntou Nicholas Latifi.

“A época de 2020 da F1 está, obviamente, perturbada pela pandemia de covid-19, o que terá um impacto nas nossas receitas comerciais deste ano”, sublinhou O'Driscoll, que colocou grande parte dos seus funcionários em layoff, recebendo parte do salário.

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