Há qualquer coisa de profundamente ridículo no concurso anual de amor ao 25 de Abril que decorre mais ou menos por esta altura, e que os vapores da pandemia vieram agravar. O concurso já passou pela contagem de cravos ao peito no hemiciclo, pela recusa de participação nas cerimónias por parte de Vasco Lourenço (nos anos da troika), e por variadíssimas análises aromáticas à qualidade da democracia e das “conquistas de Abril” por parte dos escanções do regime. Tal como os namorados peganhentos que estão sempre a exigir demonstrações de amor, os alegados donos da democracia portuguesa insistem em olhar-nos nos olhos e perguntar reiteradamente: “Tens a certeza que amas Abril?”
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Há qualquer coisa de profundamente ridículo no concurso anual de amor ao 25 de Abril que decorre mais ou menos por esta altura, e que os vapores da pandemia vieram agravar. O concurso já passou pela contagem de cravos ao peito no hemiciclo, pela recusa de participação nas cerimónias por parte de Vasco Lourenço (nos anos da troika), e por variadíssimas análises aromáticas à qualidade da democracia e das “conquistas de Abril” por parte dos escanções do regime. Tal como os namorados peganhentos que estão sempre a exigir demonstrações de amor, os alegados donos da democracia portuguesa insistem em olhar-nos nos olhos e perguntar reiteradamente: “Tens a certeza que amas Abril?”