O meu 25 de Abril é maior do que o teu

Ao colocar o peso na perspectiva simbólica, aquilo que a esquerda pró-comemorações fez não foi defender as conquistas de Abril, mas esfregar na cara do povo os seus privilégios. Nós podemos, vocês não.

Há qualquer coisa de profundamente ridículo no concurso anual de amor ao 25 de Abril que decorre mais ou menos por esta altura, e que os vapores da pandemia vieram agravar. O concurso já passou pela contagem de cravos ao peito no hemiciclo, pela recusa de participação nas cerimónias por parte de Vasco Lourenço (nos anos da troika), e por variadíssimas análises aromáticas à qualidade da democracia e das “conquistas de Abril” por parte dos escanções do regime. Tal como os namorados peganhentos que estão sempre a exigir demonstrações de amor, os alegados donos da democracia portuguesa insistem em olhar-nos nos olhos e perguntar reiteradamente: “Tens a certeza que amas Abril?”

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Há qualquer coisa de profundamente ridículo no concurso anual de amor ao 25 de Abril que decorre mais ou menos por esta altura, e que os vapores da pandemia vieram agravar. O concurso já passou pela contagem de cravos ao peito no hemiciclo, pela recusa de participação nas cerimónias por parte de Vasco Lourenço (nos anos da troika), e por variadíssimas análises aromáticas à qualidade da democracia e das “conquistas de Abril” por parte dos escanções do regime. Tal como os namorados peganhentos que estão sempre a exigir demonstrações de amor, os alegados donos da democracia portuguesa insistem em olhar-nos nos olhos e perguntar reiteradamente: “Tens a certeza que amas Abril?”