“Cada qual no seu canto” a ver o Compasso a passar

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Rouba-se aqui as palavras a Chico Buarque que escreveu que para ver “a banda passar” parou a “gente sofrida”, “o homem sério”, “a namorada”, “a moça triste” e o “velho fraco que se esqueceu do cansaço”. Na música de Chico não era Páscoa, nem era o Compasso que passava. Mas como na na letra de A banda, este ano, a ver o Compasso passar estava “cada qual no seu canto e em cada canto uma dor”.

Sem beija cruz, sem água benta e mantendo a distância de segurança, os mais crentes pararam para ver o Compasso passar. Foi sobretudo dentro de casa, à janela, que se seguiu o percurso.

Páscoa deste ano faz-se dentro de casa, mas com os olhos virados para o ecrã, para acompanhar as celebrações via plataformas digitais, ou virados para a rua, para onde saiu o tradicional Compasso, respeitando as medidas impostas pelo estado de emergência. Na Senhora da Hora, como noutros pontos do país, o percurso habitual cumpriu-se, mas desta vez sem entrada na casa dos fiéis. com André Borges Vieira