Os três pólos

Hoje, incluindo na China, vivemos no tempo dos cidadãos. Xi Jinping deixou de ter o seu futuro de grande timoneiro assegurado.

1. Há menos de um ano, Xi Jinping era o novo e poderoso “imperador” da China – um Mao devidamente adaptado aos tempos modernos, com a ambição de concentrar nas suas mãos todo o poder, de transformar os seus pensamentos no novo “Livro Vermelho”, de perdurar para além do mandato de dez anos que os seus antecessores depois de Deng cumpriram no comando da República Popular e do Partido Comunista. Bastou uma sucessão de acontecimentos, muito para além do seu controlo, para que a “longa vida” de Xi fosse posta em causa. A China de hoje não é a mesma China de Mao. As miseráveis “massas populares” que Mao convocava contra os “quartéis generais” do partido que desafiavam o seu poder já não existem. Os milhões e milhões de mortos da fome ou da repressão durante o “grande salto em frente” ou a “grande revolução cultural” já não são “permitidos”.

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1. Há menos de um ano, Xi Jinping era o novo e poderoso “imperador” da China – um Mao devidamente adaptado aos tempos modernos, com a ambição de concentrar nas suas mãos todo o poder, de transformar os seus pensamentos no novo “Livro Vermelho”, de perdurar para além do mandato de dez anos que os seus antecessores depois de Deng cumpriram no comando da República Popular e do Partido Comunista. Bastou uma sucessão de acontecimentos, muito para além do seu controlo, para que a “longa vida” de Xi fosse posta em causa. A China de hoje não é a mesma China de Mao. As miseráveis “massas populares” que Mao convocava contra os “quartéis generais” do partido que desafiavam o seu poder já não existem. Os milhões e milhões de mortos da fome ou da repressão durante o “grande salto em frente” ou a “grande revolução cultural” já não são “permitidos”.