Processo de impeachment de Trump deve ser enviado para o Senado quarta-feira

O Presidente dos EUA incentivou os senadores republicanos a recusarem, simplesmente, avaliar as acusações que lhe são feitas, mesmo sem as ouvirem, mas o julgamento vai acontecer.

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Donald Trump e a primeira-dama dos EUA, Melania Trump Kevin Lamarque/REUTERS

O plenário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deverá votar na quarta-feira para enviar os dois artigos do processo de impeachment (as acusações) contra o Presidente Donald Trump, aprovadas em Dezembro.

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O plenário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deverá votar na quarta-feira para enviar os dois artigos do processo de impeachment (as acusações) contra o Presidente Donald Trump, aprovadas em Dezembro.

Os democratas que servirão como gestores do processo de impeachment no julgamento que decorrerá no Senado, a câmara alta do Congresso, ainda não foram nomeados – é provável que isso aconteça também na quarta-feira.

Mas o voto pode passar para quinta-feira, pois o Congresso está neste momento a lidar com votações importantes, como a resolução sobre os poderes de declaração de guerra do Presidente e o novo acordo de comércio com o Canadá e o México. Nesse caso, o julgamento do Presidente dos Estados Unidos só deverá começar na próxima semana.

Seja como for, após o Senado receber os artigos de impeachment, não deverá demorar muito até se iniciar o julgamento. É pouco provável, no entanto, que termine com a destituição de Donald Trump, pois o Partido Republicano tem a maioria na câmara alta do Congresso norte-americano.

Durante o fim-de-semana, e mesmo segunda-feira, Trump incentivou os senadores republicanos a recusarem, simplesmente, avaliar as acusações que lhe são feitas, mesmo sem as ouvirem.

No entanto, os senadores republicanos indicaram na segunda-feira que não vão recusar as acusações contra o Presidente. Vão prosseguir com o julgamento e apreciar a possibilidade de convocar testemunhas, diz o New York Times.

Quem manifestou a disponibilidade para testemunhar se fosse convocado pelo Senado foi John Bolton, ex-conselheiro para a Segurança Nacional de Donald Trump, que saiu da Casa Branca em Agosto – despediu-se ou foi despedido, o processo não ficou claro –, aparentemente em conflito por causa da política que estava a ser seguida em relação à Ucrânia. Esse é precisamente o assunto que motivou o processo de impeachment.