William e Harry contestam notícia “ofensiva”

Esta tarde, será o primeiro frente a frente do príncipe Harry com Isabel II, depois de ter anunciado a vontade de abandonar os deveres da família real.

Foto
Os dois irmãos afastaram-se no Verão passado LUSA/WILL OLIVER

Os príncipes William e Harry contestam uma notícia do The Times que consideram “ofensiva”. Naquela, é citada uma fonte não identificada que avança que os irmãos se afastaram porque o mais velho tinha uma atitude de bullying para com o mais novo. Aparentemente, William, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, não aceitou Meghan, a mulher de Harry. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os príncipes William e Harry contestam uma notícia do The Times que consideram “ofensiva”. Naquela, é citada uma fonte não identificada que avança que os irmãos se afastaram porque o mais velho tinha uma atitude de bullying para com o mais novo. Aparentemente, William, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, não aceitou Meghan, a mulher de Harry. 

A notícia, avançada esta manhã, foi desmentida num comunicado conjunto, citado pela BBC. Esta é uma notícia falsa que especula sobre a relação entre os duques de Cambridge e de Sussex, é dito no comunicado. “Para irmãos que se preocupam tão profundamente com os problemas que envolvem a saúde mental, o uso da linguagem inflamatória dessa maneira é ofensivo e potencialmente prejudicial”, acrescenta o texto. 

Esta surge um dia depois de o Sunday Times ter citado uma fonte não identificada declarando que ouviu William dizer que toda a vida apoiou o irmão, mas que não pode continuar a fazê-lo: “Somos entidades separadas”, terá dito.

Sabe-se que os irmãos se afastaram, embora não se saiba o motivo. É conhecido porque Harry o confirmou numa entrevista, em Outubro passado, onde declarou que se viam menos vezes, mas que continuava a amar o seu irmão mais velho. “Como irmãos, temos dias bons e dias maus”, declarou à ITV. A rainha não gostou.

Decidir o futuro

Esta segunda-feira, à tarde, os duques, assim como o seu pai, o príncipe Carlos, reunir-se-ão com Isabel II, em Sandringham, Norfolk, onde a rainha se encontra desde as festas de final de ano. Em cima da mesa estará a decisão de Harry e Meghan, tomada à revelia da rainha, de quererem abandonar os seus deveres reais. Meghan deverá participar no encontro por telefone, do Canadá, para onde voou depois do anúncio feito nas redes sociais.

Esta reunião tem como objectivo definir como será a relação do casal com a família real e vai ao encontro da vontade da rainha de querer resolver a situação em poucos dias. Contudo, um acordo poderá levar algum tempo a ser implementado, salvaguarda o correspondente da BBC para os assuntos da monarquia. 

Em cima da mesa estará a questão do financiamento do casal, se manterá os seus títulos nobiliáticos e quais os deveres reais que continuarão a cumprir. Este acordo pode ser um precedente que poderá vir a aplicar-se, por exemplo, aos filhos mais novos de William, Charlotte e Louis. 

Uma entrevista, uma ameaça?

Segundo Tom Bradby, jornalista da ITV e um amigo do casal, se a família real não apoiar a decisão de Harry e Meghan, estes poderão dar uma entrevista onde falarão do que quiserem. “Acho que não seria bonito”, resume Bradby, citado pelo Guardian.

No Sunday Times, Bradby descreveu que o relacionamento dos duques de Sussex com outros membros da família, não nomeando quais, é “tóxico” e que Harry e Meghan dizem que alguns membros da família real são “ciumentos e, às vezes, hostis”. “Não há dúvida de que Harry e Meghan sentem que foram expulsos”, refere.