Nas mãos de Joana Gama há poucas notas a separar 1880 e 2017

Em Arcueil, a pianista parte, uma vez mais, do mundo musical de Erik Satie para o pôr em contacto com as obras de Mompou, Feldman e Cage, mas também de Vítor Rua e Marco Franco. Uma linha que os junta numa mesma trajectória de enlevada melancolia.

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Eduardo Brito

Sempre que Joana Gama viaja até Paris vai visitar Erik Satie. É uma pequena peregrinação pessoal que a leva até ao subúrbio parisiense de Arcueil e à casa onde o compositor francês viveu durante os últimos 27 anos de vida. O lugar, confessa a pianista, “ainda hoje é feio”, e nem sequer é permitido visitar o interior desse apartamento em que — segundo consta — ninguém além de Satie terá entrado entre o dia em que ali se instalou em 1898 e a data da sua morte. “Ele caminhava de Arcueil para o centro de Paris e durante essa caminhada pensava na música que queria compor”, descreve Joana Gama ao Ípsilon. “Arcueil foi, no fundo, um sítio onde Satie encontrou a paz para também descansar de toda aquela actividade em Montmartre e de todos aqueles excessos.”

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