Devemos usar nas sanitas água que podemos beber? “Não faz sentido”

Kala Vairavamoorthy dirige a International Water Association e desenvolveu, desde a infância, uma “relação espiritual” com a água. Isso é fundamental para pensar, num mundo onde ela é cada vez mais escassa, como a devemos usar. Temos que mudar as infra-estruturas? Reaproveitá-la melhor? Dessalinizar? Torná-la mais cara?

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Chennai, Índia (Atul Loke/Getty Images)

Em Chennai, era o som que, a qualquer hora do dia ou da noite, anunciava que a água vinha aí. Quando Kala Vairavamoorthy habitava nesta cidade indiana, que há muito enfrenta uma crise de água com tendência para se agravar, aprendeu a viver assim. Podia ser a meio da noite, mas, se se ouvia o barulho, era preciso esvaziar os recipientes, usando a água em tudo o que fosse necessário, para poder recolher mais — “porque não sabíamos se a iríamos ter nos dois ou três dias seguintes”. Além disso, tinham que “fisicamente transportar a água” e isso fazia com que a vissem como ela é: um recurso precioso.

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