Entre os pequenos, apenas Livre e Iniciativa Liberal podem chegar a São Bento

Aliança, de Pedro Santana Lopes, e Chega, de André Ventura, ficam à porta.

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Joacine Katar Moreira, do Livre, pode ser eleita em Lisboa LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS
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João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa liberal, também pode ser eleito LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A Assembleia da República pode passar das actuais seis forças políticas para oito. Entre os chamados pequenos partidos, dois têm possibilidades de eleger. São eles o Iniciativa Liberal e o Livre. 

Segundo a sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP-UCP) feita para o PÚBLICO e RTP sobre a intenção de voto nas legislativas de domingo, os dois partidos podem entrar através do círculo eleitoral de Lisboa, o maior do país (48 mandatos), elegendo assim Joacine Katar Moreira (Livre) e​ João Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal).

O Livre, que teve como fundador o historiador e ex-eurodeputado Rui Tavares, não é uma novidade nestas eleições. Foi criado em 2014, já concorreu às últimas legislativas (teve 39 mil votos) mas nunca elegeu um deputado. Já o Iniciativa Liberal, liderado por Carlos Guimarães Pinto, foi criado em Dezembro de 2017 e estreou-se nas eleições europeias, nas quais conseguiu 29 mil votos.

Na intenção de voto, tanto o Iniciativa Liberal, como o Livre, o Chega e o Aliança obtêm 1%, mas apenas os dois primeiros poderão eleger. Como se explica isso? Tem a ver com a dispersão de votos. Como o apuramento é feito em função dos círculos eleitorais, beneficiam mais os partidos que apresentam maior concentração de votos. O Aliança, de Pedro Santana Lopes, e o Chega, de André Ventura, não conseguirão assim eleger.

Nestas legislativas, os eleitores vão ter um número de partidos recorde entre os quais escolher. Em três círculos eleitorais, Leiria, Coimbra e Europa, são 21 as forças políticas que se apresentam.

Nas europeias de Maio, por exemplo, os pequenos partidos mais votados foram o Aliança, o Livre e a coligação Basta. Nas legislativas de 2015, foram o PDR (de Marinho Pinto), o PCTP/MRPP e o Livre.

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