A velha desculpa de Cavaco: não fui eu, foi ele

Um candidato presidencial não pode dizer que não acompanha o financiamento das suas campanhas, da mesma forma que um condutor de Fórmula 1 não pode dizer que não acompanha o desenvolvimento do seu carro. É um absurdo.

Isto é Aníbal Cavaco Silva vintage: “Eu nunca acompanhei os financiamentos das campanhas eleitorais em que participei. Aconselho a falar com Vasco Valdez, que ele é que é o mandatário financeiro. Ele é que sabe.” Digam-me: sou só eu a sentir um leve odor a café da Avenida de Roma (e a Fernando Lima) a espalhar-se pelo ar? O senhor ex-presidente da República – há que dizê-lo – tem um tique ligeiramente irritante: mal surge no horizonte o mais vago vestígio de um grão de poeira reputacional, a primeira coisa que ele faz é manifestar a sua mais profunda ignorância em relação ao tema e passar as culpas a outro. 

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Isto é Aníbal Cavaco Silva vintage: “Eu nunca acompanhei os financiamentos das campanhas eleitorais em que participei. Aconselho a falar com Vasco Valdez, que ele é que é o mandatário financeiro. Ele é que sabe.” Digam-me: sou só eu a sentir um leve odor a café da Avenida de Roma (e a Fernando Lima) a espalhar-se pelo ar? O senhor ex-presidente da República – há que dizê-lo – tem um tique ligeiramente irritante: mal surge no horizonte o mais vago vestígio de um grão de poeira reputacional, a primeira coisa que ele faz é manifestar a sua mais profunda ignorância em relação ao tema e passar as culpas a outro.