Aval da Protecção Civil permite ao comandante distrital escapar ao julgamento de Pedrógão

Sérgio Gomes estava autorizado pelo então comandante nacional a acompanhar o filho no Hospital de Torres Vedras. Só um dos responsáveis pelo combate aos incêndios de Pedrógão acusados pelo Ministério Público se vai sentar no banco dos réus. Presidente da câmara de Pedrógão julgado porque não tinha delegado competências no vice.

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O advogado Paulo Farinha Alves (esquerda), representa o ex-comandante operacional Sergio Gomes (direita) Sergio Azenha

Apesar de reconhecer que o então comandante distrital de Leiria da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Sérgio Gomes, não accionou os meios terrestre e aéreos necessários para combater os incêndios de Pedrógão Grande, em 17 de Junho de 2017, e activou alguns que estavam mais longe do que outros disponíveis, o juiz de instrução, Gil Silva, decidiu não levar a julgamento este responsável do sistema de socorro a quem o Ministério Público imputava 107 crimes: 63 de homicídio por negligência e 44 de ofensas à integridade física.

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Apesar de reconhecer que o então comandante distrital de Leiria da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Sérgio Gomes, não accionou os meios terrestre e aéreos necessários para combater os incêndios de Pedrógão Grande, em 17 de Junho de 2017, e activou alguns que estavam mais longe do que outros disponíveis, o juiz de instrução, Gil Silva, decidiu não levar a julgamento este responsável do sistema de socorro a quem o Ministério Público imputava 107 crimes: 63 de homicídio por negligência e 44 de ofensas à integridade física.