O “telefone da Europa” não pode estar no BCE

Discordo de Trump em tudo e acho que Draghi pode mesmo ter conseguido salvar o euro — mas o seu papel não, nem pode ser, o de um político eleito.

Ontem a sacramental pergunta de Henry Kissinger “a quem ligo se quiser telefonar para a Europa?” parece ter tido uma resposta inusitada: Mario Draghi. Talvez pela primeira vez o nome de um funcionário da União Europeia — não um presidente de França ou uma chanceler da Alemanha — encabeçou um comentário de um presidente americano, assim a seco, sem precisar de explicações ou contextualizações. Num dos seus tweet, Donald Trump acusou: “Mario Draghi acabou de anunciar que poderia haver mais estímulo [monetário], o que provocou imediatamente a queda do euro em relação ao dólar, tornando injustamente mais fácil para eles [os europeus] competirem com os EUA. Há anos que se escapam com isto, tal como a China e outros”.

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Ontem a sacramental pergunta de Henry Kissinger “a quem ligo se quiser telefonar para a Europa?” parece ter tido uma resposta inusitada: Mario Draghi. Talvez pela primeira vez o nome de um funcionário da União Europeia — não um presidente de França ou uma chanceler da Alemanha — encabeçou um comentário de um presidente americano, assim a seco, sem precisar de explicações ou contextualizações. Num dos seus tweet, Donald Trump acusou: “Mario Draghi acabou de anunciar que poderia haver mais estímulo [monetário], o que provocou imediatamente a queda do euro em relação ao dólar, tornando injustamente mais fácil para eles [os europeus] competirem com os EUA. Há anos que se escapam com isto, tal como a China e outros”.